A demanda maior ditou o ritmo mais forte de atividade em nove anos e meio no setor de serviços do Brasil em agosto, sustentando a criação de empregos, mostraram dados da pesquisa PMI (Índice de Gerentes de Compras, em português).
A IHS Markit informou hoje (3) que seu PMI de serviços para o Brasil subiu a 55,1 em agosto, de 54,4 em julho, nível mais elevado desde fevereiro de 2012, indo mais acima da leitura de 50, que separa crescimento de contração.
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Segundo a pesquisa, a demanda se fortaleceu em agosto diante do maior acesso a vacinas contra o coronavírus, melhora do turismo e retomada das operações normais em vários segmentos.
Foi o quarto mês seguido de elevação da demanda por novos negócios, no ritmo mais rápido desde o início de 2020. Os pedidos do exterior também melhoraram de forma expressiva em agosto, mas em magnitude abaixo da vista em julho, quando tiveram crescimento recorde.
“O impacto prejudicial da pandemia no setor de serviços diminuiu para um fluxo lento em agosto, com uma nova retomada na demanda empurrando o crescimento da produção”, destacou a diretora associada de economia da IHS Markit, Pollyanna De Lima.
A demanda também levou ao aumento dos predidos em atraso, junto com atrasos nos pagamentos de clientes e escassez de alguns itens. Contudo, ajudou empresas a contratar funcionários, com o terceiro aumento seguido no subíndice de emprego, ainda que em ritmo mais fraco do que em agosto.
Entretanto, os fornecedores de serviços enfrentaram outro aumento nos custos de insumos, com destaque para os preços de alimentos, combustível, equipamentos de proteção individual, itens de higiene, transporte e serviços públicos.
Isso levou a taxa de inflação geral ao maior patamar em quatro meses, sendo que o nível é também um dos mais elevados desde o início da pesquisa, em março de 2007.
“Um sinal de alerta importante nos resultados do PMI de serviços de agosto foi o ressurgimento de pressões inflacionárias, com as finanças das empresas novamente sobrecarregadas por despesas crescentes”, pontuou De Lima.
Por sua vez, a confiança nos negócios melhorou para o nível mais forte em um ano e meio, com 46% das empresas monitoradas prevendo crescimento da produção ao longo do próximo ano, e menos de 2% vendo contração. O otimismo tem como fundamento expectativas de retomada econômica após a pandemia.
Apesar do crescimento mais forte da atividade de serviços, o PMI de indústria do Brasil perdeu força em agosto e arrastou junto a recuperação do setor privado brasileiro como um todo, com o PMI Composto em queda a 54,6, de 55,2 em julho. (Com Reuters)
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