O Ibovespa opera em alta na abertura do pregão de hoje (29), ganhando 0,92%, a 111.133 pontos perto das 10h15, horário de Brasília. O mercado doméstico digere hoje uma bateria de dados econômicos, como dados do mercado de trabalho e a inflação ao produtor. No cenário internacional, o Fórum de Sintra, que reúne presidentes de importantes bancos centrais pelo mundo, é o centro do foco do dia.
Os investidores voltam sua atenção para os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou abertura de 372.265 vagas formais de trabalho em agosto, segundo divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta manhã. A expectativa em pesquisa da Reuters era de abertura de 272.500 postos de trabalho.
Hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPP (Índice de Preços ao Produtor). A inflação medida pelo indicador foi de 1,86% em agosto, repetindo a mesma taxa do mês anterior. Segundo o instituto, houve alta generalizada entre as atividades analisadas pelo IPP. Com o resultado, a alta acumulada de 12 meses alcança 33,08%.
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Já a confiança no setor de serviços, medida pelo ICS (Índice de Confiança de Serviços), teve no mês recuo de 2,0 pontos em relação a agosto, chegando a 97,3 pontos. Segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), a queda em setembro interrompeu cinco meses de altas devido à cautela dos empresários.
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) de setembro também apresentou queda. O recuo foi de 0,64%, após avanço de 0,66% em agosto, com os preços do minério de ferro voltando a despencar. A baixa no mês foi mais intensa do que a de 0,42% esperada em pesquisa da Reuters. Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 24,86% em 12 meses.
Além dos indicadores, o mercado também coloca na conta o superávit primário de R$ 16,729 bilhões registrado em agosto pelo setor público consolidado. Segundo o BC, o montante ficou, muito acima do esperado, ajudado pelo resultado positivo de Estados e municípios. Em pesquisa Reuters, a expectativa era de déficit primário de R$ 12,15 bilhões no mês.
O dólar opera com volatilidade frente ao real enquanto investidores internacionais operam com cautela e aversão a riscos. Às 10h15, a moeda era negociada em queda de 0,04%, a R$ 5,4232.
Nesta quarta-feira, às 12h45 (horário de Brasília) ocorre o Fórum de Sintra, que reúne os presidentes de diferentes bancos centrais. Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, afirma que as atuais questões econômicas que vem pautando o mercado global (o caso Evergrande, a crise energética na China, os estímulos nos EUA e o Orçamento norte-americano) não são novidades para os investidores, mas seguem no radar.
“O mercado já absorveu esses fatos e colocou isso nos preços dos ativos, mas ainda existe bastante incerteza em relação à resolução desses temas, tornando o cenário bastante volátil”, diz.
Os futuros dos índices dos EUA apontam para abertura no azul, enquanto o mercado segue atento aos movimentos do Congresso, que deve decidir sobre o teto da dívida do país. Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, explica que sem um aumento no teto, o Tesouro deixa de conseguir emitir dívida, o que em tese levaria a um calote da dívida pelo governo norte-americano.
“Embora seja improvável que isso aconteça, o Congresso precisa também aprovar o orçamento até amanhã (30), para evitar um shutdown (desligamento, em inglês) da máquina pública por lá, com a efetiva paralisação de serviços públicos, como funcionários da administração pública.”
Na Europa, as ações operam em alta nesta quarta-feira, acompanhando os desdobramentos de questões econômicas no mundo. Além disso, o indicador de sentimento econômico da Comissão Europeia subiu a 117,8 pontos em setembro, ante 117,6 pontos em agosto, e após atingir máxima de 119 pontos em julho. Economistas consultados pela Reuters esperavam recuo do sentimento a 116,9 pontos em julho, devido principalmente a um esperado enfraquecimento na indústria e em serviços.
O Stoxx 600 sobe 0,81%; na Alemanha, o DAX avança 0,83%; o CAC 40 valoriza 1,04% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,64%; e no Reino Unido, o FTSE 100 tem aumento de 0,84%.
Os mercados asiáticos fecharam o dia majoritariamente em queda, diante de uma crise energética na China que levou investidores a saírem de setores vulneráveis a paralisações na indústria, incluindo químico e siderúrgico. Segundo analistas da Reuters, a crise de oferta de energia pode apresentar uma ameaça muito maior à economia do que a da dívida do Evergrande Group.
O índice Shanghai, da China, caiu 1,83% no dia; o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,67%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em queda de 0,43%; enquanto no Japão, o índice Nikkei recuou 2,12%.
Nesta quarta-feira, o petróleo opera em queda em meio às novas preocupações sobre a recuperação da demanda, com os casos da Covid-19 aumentando em todo o mundo e a escassez de gasolina em algumas regiões. Por volta das 9h55, o Brent operava em baixa de 0,75%, para US$ 77,76 o barril, já o WTI recuava 0,76%, para US$ 74,72 o barril. (com Reuters)
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