O Ibovespa opera em leve queda na abertura do pregão de hoje (27), perdendo 0,06%, a 113.215 pontos perto das 10h11, horário de Brasília. No mercado internacional, os investidores repercutem a crise energética na China, o caso Evergrande e as eleições na Alemanha. Enquanto por aqui, o mercado acompanha a projeção de indicadores econômicos e discussões fiscais em Brasília.
A pesquisa Focus, do Banco Central, deu sequência ao aumento das expectativas para a inflação neste ano pela 25ª semana seguida. O levantamento mostrou que a projeção agora para a alta do IPCA em 2021 é de 8,45%, de 8,35% na semana passada. Para 2022, a estimativa também subiu e foi a 4,12%, de 4,10% antes.
Por outro lado, a pesquisa semanal mostrou ainda que não houve alterações na perspectiva para a taxa básica de juros, com o cenário para a Selic permanecendo em 8,25% este ano e em 8,50% no próximo. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a estimativa de crescimento este ano foi mantida em 5,04%, mas, para 2022, caiu 0,06 ponto percentual, a 1,57%. A projeção para o dólar se manteve a R$ 5,20 ao fim deste ano.
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Em Brasília, a reforma do imposto de renda, que tramita no Senado, segue no radar do mercado.
O dólar é negociado perto da estabilidade contra o real nesta segunda-feira, com os investidores atentos às perspectivas de política monetária tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos. Às 10h11, a moeda recuava 0,01%, a R$ 5,3429.
Os índices dos EUA ensaiam abertura sem direção clara, com investidores atentos aos dados fiscais e em compasso de espera por importantes decisões econômicas nesta semana.
Lucas Collazo, especialista em investimentos da Rico, explica que o Congresso norte-americano se prepara para uma semana chave de votações. “Os parlamentares têm até a próxima quinta-feira (30) para evitar uma paralisação do governo e de entes públicos. Segundo Janet Yellen [secretária do Tesouro], o país pode atingir o teto da dívida em outubro.” Além disso, Nancy Pelosi (presidente da Câmara dos Representantes dos EUA) afirmou que o pacote de infraestrutura deve ser aprovado nesta semana.
Do outro lado do oceano, os mercados europeus operam sem direção definida, com atenção para as eleições alemãs, o primeiro passo para o início da formação de maioria do Parlamento e a escolha do novo primeiro-ministro do país. O Stoxx 600 cai 0,18%; na Alemanha, o DAX avança 0,34%; o CAC 40 valoriza 0,28% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,25%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 recua 0,06%.
As Bolsas asiáticas também fecharam em campo misto, ainda em meio às preocupações com o caso Evergrande na China. Pablo Spyer, economista-sócio da XP Investimentos, afirma que o Banco Central chinês continua injetando recursos para garantir a liquidez e conter a crise da gigante imobiliária; nesta segunda-feira, o órgão destinou mais de US$ 15 bilhões para esse fim.
Ações de Xangai recuaram nesta segunda-feira uma vez que analistas temem que os recentes problemas relacionados à energia, que afetaram a produção industrial, estejam pesando sobre o crescimento econômico. A crise energética da China, provocada pelo aperto da oferta de carvão e dos padrões de emissão, provocou uma contração na indústria em várias regiões e está pesando sobre a taxa de crescimento econômico do país, afirmam analistas à Reuters.
O índice Xangai, da China, caiu 0,84%; o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,07%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 0,05%; enquanto no Japão o índice Nikkei caiu 0,03%.
No mercado de commodities, os contratos futuros do minério de ferro chinês avançaram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, subindo mais de 5%, enquanto o vergalhão de aço e as bobinas laminadas a quente subiram em meio a controles de produção devido a cortes de energia. Os futuros do minério de ferro de referência na Bolsa de Commodity de Dalian, para entrega em janeiro, subiram 5,3%, para 715 iuanes (US$ 110,57) por tonelada nas negociações da manhã, e fecharam em alta de 3,5%, para 703 iuanes por tonelada.
Por fim, os preços do petróleo sobem nesta segunda-feira em meio a preocupações com a oferta, já que a demanda global pelo produto vem crescendo diante da flexibilização das medidas de isolamento. Às 9h55 desta manhã, o Brent subia 1,85%, a US$ 78,66 o barril, enquanto o WTI avançava 1,99%, a US$ 75,45 o barril. (com Reuters)
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