O Beto Carrero World, Playcenter, Wet´n Wild, Senpar, RTSC e KR Capital se reuniram para apresentar uma proposta de compra do Hopi Hari, localizado em Vinhedo (SP). A proposta inclui a quitação das dívidas, que ultrapassam R$ 250 milhões. Além disso, prevê a realização de investimentos para a recuperação sustentável do parque em valor superior R$ 150 milhões.
De acordo com o plano, apresentado na terça-feira (26), será feito o pagamento integral do passivo fiscal multimilionário acumulado nos últimos anos. A proposta será analisada na próxima assembleia da recuperação judicial do Hopi Hari, marcada para o dia 3, próxima quarta-feira. Segundo as empresas, a proposta tem o apoio dos maiores credores, entre eles PrevHab e BNDES.
“A compra do Hopi Hari será apenas o início de um grande investimento financeiro, que beneficiará toda a região do Distrito Turístico SerrAzul”, informa o grupo em comunicado.
O parque foi inaugurado em 1999, e desde então, já passou por inúmeros problemas administrativos. Chegou a fechar, a reabrir e até a mudar de administração. O processo de recuperação judicial está aberto na Justiça desde 2016, como forma de o empreendimento consiga renegociar as dívidas.
Em comunicado divulgado no domingo (31), o Hopi Hari afirmou “ver com bons olhos toda e qualquer proposta de parceria e investimentos para o crescimento do parque”. De acordo com a companhia, porém, a partir de uma análise jurídica prévia afirma que o “grupo é formado basicamente por atores do mesmo ramo de atividade das recuperandas, alguns deles seus concorrentes diretos, o que funda dúvidas quanto a sua verdadeira intenção com a apresentação desta ‘proposta'”.
O Hopi Hari destaca também que “o movimento foi organizado às vésperas da AGC [assembleia geral de credores], o que preocupa ser uma tentativa de desestabilização do processo, o que pode prejudicar o empreendimento e seus credores”. “Aparente ausência de legitimidade do ‘grupo Investidor’ para a apresentação da referida proposta alternativa de pagamento, vez que nenhuma das empresas que compõem o grupo sequer figura nos autos como titular de créditos sujeitos ao presente processo recuperacional, razão pela qual, por conseguinte, sequer podem participar na AGC já em curso”, diz em nota à imprensa.
“Resta claro que não havendo a possibilidade jurídica de apreciação da chamada ‘proposta alternativa de plano de pagamento’, cabe aos credores deliberar sobre o 4º Aditivo ao Plano de Recuperação Judicial, decidindo o destino das sociedades, dos empregos e de seus créditos”, afirma.
O Hopi Hari destaca ainda que “o objetivo que guia suas ações é a proteção de seus credores, através da continuidade de suas atividades”. “A gestão tem expectativa em, na conclusão, da assembleia, avançar de forma estruturante e conclusiva essa importante fase do processo de recuperação, rumo a expansão do plano de crescimento e investimentos no parque.
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