O minério de ferro de Dalian, na China, atingiu a máxima de um mês no fraco comércio desta sexta-feira, após feriado de uma semana na China, com participantes do mercado otimistas com as perspectivas de demanda pelo material da maior produtora de aço do mundo.
A escassez de eletricidade na China aumentou a preocupação de que fornos elétricos a arco de uso intensivo de energia – que utilizam sucata para produzir aço – possam ser atingidos, o que significa mais produção de aço nos altos-fornos que usam minério de ferro.
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O minério de ferro mais negociado na Bolsa de Commodity de Dalian atingiu mais cedo 769 iuanes, o maior valor desde 6 de setembro, com alta de mais de 5%.
O minério de ferro de novembro na Bolsa de Singapura saltava quase 7%, para mais de 125 dólares a tonelada, por volta das 8h, no horário de Brasília.
A volatilidade do mercado indicou um sentimento frágil, no entanto, em meio a sinais de problemas no setor imobiliário chinês, que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço.
“Com os incorporadores imobiliários sofrendo devido aos altos níveis de endividamento, o espectro da forte demanda por aço e minério de ferro permanece baixo”, disse o estrategista sênior de commodities da ANZ, Daniel Hynes.
Mas os cortes na produção de aço da China estimulados pela política de descarbonização do país continuam a ser a maior preocupação.
“Vemos a produção de aço da China permanecendo sob pressão até o final do primeiro trimestre de 2022, já que as autoridades querem mostrar uma Olimpíada de Inverno ‘verde’ em fevereiro”, disse Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank of Australia.
O preço spot de referência do minério de ferro com teor de 62% caiu 49% para US$ 118,50 a tonelada no final de setembro, ante o recorde de US$ 232,50 em 12 de maio, quando a demanda chinesa entrou em colapso. Nesta sexta-feira, subiu US$ 6, para US$ 124,50 a tonelada.