O Ibovespa opera em alta na abertura do pregão de hoje (1°), ganhando 0,35%, a 111.362 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. O mercado doméstico aguarda dados da produção industrial de setembro e acompanha ruídos sobre temas fiscais vindos de Brasília. No cenário externo, estão em pauta os números divulgados nesta sexta-feira sobre a inflação nos Estados Unidos, além de importantes dados econômicos da Zona do Euro.
As Bolsas globais começaram o último trimestre do ano em queda, após passarem o mês de setembro no vermelho. Pablo Spyer, economista-sócio da XP Investimentos, explica que os investidores do mundo todo iniciam o mês com receio sobre o andamento da inflação e a desaceleração econômica, ou estagflação (se referindo ao momento da economia no qual a inflação tem movimento de alta, o crescimento econômico tem queda e o mercado de trabalho mantém níveis de baixa).
Julia Aquino, especialista em investimentos da Rico, conta que a discussão no Brasil está centrada no modo pelo qual o governo planeja expandir os programas sociais sem quebrar as regras fiscais. “A equipe econômica planeja ajustar a proposta do orçamento para aumentar o programa Bolsa Família sob o teto de gastos. De outro lado, o Ministério da Cidadania sugere estender o programa de Auxílio Emergencial ligado à pandemia, que é maior e pode ser pago acima do teto de gastos.”
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Nesta sexta-feira, o dólar recua frente ao real, com investidores digerindo dados de inflação nos EUA e com o aumento da aversão a riscos. Às 10h12, a divisa era negociada em queda de 0,40%, a R$ 5,4239.
Os futuros dos índices de ações dos EUA apontam para a abertura em alta nesta manhã com a divulgação do PCE (Núcleo de Preços e Despesas Pessoais), um importante indicador da inflação, relativo a agosto. O indicador cresceu 0,3% nos EUA em agosto na comparação com julho, um pouco acima da expectativa de 0,2% do mercado. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 3,6%, em linha com as projeções do mercado.
No cenário do dia, os investidores norte-americanos também lidam com uma guinada para o patamar negativo após o adiamento da votação do pacote de infraestrutura nos EUA, devido a discordâncias internas no Partido Democrata protagonizadas por sua ala mais progressista.
Na Europa, as ações operam em queda no primeiro pregão do mês, conforme os investidores acompanham importantes indicadores econômicos na região. A pesquisa do PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) da Zona do Euro permaneceu forte em setembro, mas a atividade foi impactada por gargalos na cadeia de oferta, que devem persistir e manter as pressões inflacionárias altas. O PMI final de indústria da IHS Markit caiu a 58,6 em setembro de 61,4 em agosto e pouco abaixo da preliminar de 58,7.
Além disso, a inflação ao consumidor nos 19 países do bloco que usam o euro acelerou a 3,4% em setembro sobre igual período do ano anterior, de 3% em agosto, chegando à leitura mais elevada desde setembro de 2008 e acima da expectativa de analistas de 3,3%, mostraram nesta sexta-feira dados da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.
Nesta manhã, o Stoxx 600 cai 0,31%; na Alemanha, o DAX recua 0,28%; o CAC 40 desvaloriza 0,03% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,12%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 recua a 0,60%.
As Bolsas asiáticas fecharam no vermelho, em dia de pouca liquidez na região devido ao feriado hoje na China e em Hong Kong. A Bolsa de Xangai deve voltar a funcionar na próxima sexta-feira (8) por conta de outro feriado, o do Dia Nacional. O BSE Sensex, de Mumbai, fechou em baixa de 2,31%; enquanto no Japão o índice Nikkei desvalorizou 1,29%.
Os preços do petróleo operam em queda nesta sexta-feira, com a perspectiva de que a Opep+ possa intensificar um aumento planejado na produção para aliviar as preocupações com o fornecimento, na reunião que ocorre na próxima segunda-feira (4). Por volta das 10h00, os futuros do petróleo Brent caíam 0,60%, para US$ 77,84 o barril, enquanto os futuros do WTI recuavam 0,92%, para US$ 74,34 o barril. (com Reuters)
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