O Ibovespa fechou hoje (27) em leve queda de 0,05%, a 106.363 pontos, com o mercado aguardando a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a política monetária do país, que será anunciada por volta das 18h30. De acordo com algumas estimativas, a Selic, taxa básica de juros, deve sair dos atuais 6,25% ao ano e atingir 7,5% ao ano, maior patamar desde 2017.
Durante parte do dia, a Bolsa permaneceu no azul, por influência dos balanços corporativos divulgados durante a semana, que apresentaram lucros robustos. Esse foi o caso da Gerdau (-2,50%), da Marfrig (+2,68%) e da Santander (-0,03%), que, por sua vez, levou boa parte do setor bancário a fechar em alta, como ocorreu com o Itaú (0,76%) e o Bradesco (1,33%).
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Porém, no fim da sessão, a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) puxaram o índice para o vermelho, fechando em baixas de 0,24% e 2,27%, respectivamente, por influência das quedas nos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior.
Entre os destaques positivos do Ibovespa estão as ações da Cogna Educação (COGN3), da Multiplan (MULT3) e da Eztec (EZTC3), que fecharam em alta de 6,37%, 4,39% e 4,35%, respectivamente. “O setor de construção civil vem sendo representado pela Eztec e Cyrela entre as maiores altas do dia, refletindo o alívio na curva de juros hoje, que voltou a precificar elevação de 150 bps na taxa de juros no Copom de hoje”, dizem analistas em relatório da Ativa Investimentos.
Em Wall Street, os índices fecharam no vermelho. O Dow Jones caiu 0,74%, a 35.490 pontos, o S&P 500 registrou baixa de 0,51%, a 4.551 pontos, enquanto o Nasdaq permaneceu em 0,00%, a 15.235 pontos.
Uma valorização de 4,21% nos papéis da Microsoft ajudaram a sustentar o Nasdaq, após previsão de forte desempenho da empresa para o fim do ano, apoiada nas operações no setor de armazenamento em nuvem. A Alphabet, proprietária do Google, também fechou em alta de 4,96%, após divulgar balanço trimestral recorde devido a aumento nas vendas de anúncios.
O dólar fechou em queda de 0,30%, negociado a R$ 5,5551, refletindo as expectativas do mercado sobre o aumento da Selic. Segundo analistas, o aumento da taxa básica de juros é um possível fator de suporte para a moeda brasileira, uma vez que o maior retorno oferecido no mercado de renda fixa doméstico poderia elevar o ingresso de recursos estrangeiros no país. (Com Reuters)