A gigante dos cartões de crédito Mastercard anunciou uma parceria nesta terça (26) que permitirá que sua rede de parceiros – incluindo bancos e comerciantes – ofereça recompensas e produtos de cartão de crédito em criptomoedas. O objetivo da companhia é expandir o acesso a ativos digitais em um momento em que a sua adoção por instituições financeiras tem levado o mercado a novos patamares.
Em um comunicado, a Mastercard afirmou que procurou a Bakkt, empresa de carteiras digitais com sede no estado da Geórgia, para começar a oferecer produtos e serviços em criptomoedas a seus parceiros nos Estados Unidos.
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Como resultado da parceria, as empresas poderão oferecer criptomoedas como recompensa por transações, o chamado “cashback”, no lugar dos tradicionais pontos de fidelidade. Os clientes poderão usar esses recursos para pagar as compras, disse a Mastercard.
Os bancos também poderão emitir cartões de débito e crédito de criptomoedas, semelhantes aos cartões já oferecidos pela concorrente Visa.
Embora os papéis da MasterCard tenham subido apenas 0,4% após o anúncio, as ações da Bakkt, que estreou na Bolsa de Valores de Nova York na semana passada, dispararam mais de 86% no pregão desta terça, elevando a capitalização de mercado da empresa de três anos para cerca de US$ 850 milhões.
Os novos produtos e serviços de criptomoedas da Mastercard aumentam o investimento crescente da empresa no mercado de ativos digitais. No mês passado, a empresa adquiriu a Ciphertrace, empresa de análise de criptomoedas do Vale do Silício, por um preço não divulgado, afirmando em um comunicado que “os ativos digitais têm o potencial de reinventar o comércio”.
A Mastercard já fez parceria com a empresa Fintech Uphold e a exchange de criptoativos Gemini para criar cartões de crédito de criptos, e também desenvolveu plataformas para ajudar os governos a testar as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais. Na segunda-feira (25), a MasterCard apontou que 77% dos millennials disseram estar interessados em aprender mais sobre criptomoedas, com cerca de 75% dizendo que usariam mais esses ativos se os entendessem melhor.
O valor total do mercado de criptomoedas quase triplicou no ano passado e chegou à marca de US$ 2,7 trilhões graças, em parte, à crescente adoção promovida por instituições financeiras tradicionais. Na semana passada, o lançamento do primeiro fundo negociado em Bolsa vinculado ao bitcoin nos Estados Unidos ajudou os preços da criptomoeda a subirem quase 20%, para uma alta histórica de cerca de US$ 67 mil.