Investidores da Boeing Co chegaram a um acordo com os atuais e ex-executivos da empresa para resolver uma ação judicial sobre a supervisão da segurança do 737 MAX, disseram ontem (5) duas pessoas familiarizadas com o assunto.
O acordo proposto deve ser apresentado nos próximos dias no Tribunal da Chancelaria de Delaware e está sujeito à aprovação de um juiz, disseram as pessoas. Uma das pessoas acrescentou que a parte monetária do acordo poderia ficar em torno de US$ 250 milhões e seria paga pelas seguradoras.
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Um porta-voz da Boeing não quis comentar. Os advogados que representam os demandantes não responderam imediatamente a um pedido de comentários.
O acordo foi revelado primeiramente pelo Wall Street Journal.
Em fevereiro, o Controlador do Estado de Nova York Thomas DiNapoli, que lidera o fundo de pensão estadual, e outros investidores argumentaram que o conselho da Boeing violou seus deveres fiduciários e agiu com negligência grosseira ao não “monitorar a segurança dos aviões 737 MAX da Boeing”.
A ação, também movida no Tribunal da Chancelaria de Delaware, alega que o conselho não desenvolveu nenhuma ferramenta para avaliar e monitorar a segurança do avião até que os acidentes do 737 MAX na Etiópia e na Indonésia mataram 346 pessoas em um período de cinco meses, e a frota ficou parada.
Em março, a Boeing pediu ao tribunal de Delaware que rejeitasse o processo dos acionistas, dizendo que o conselho da Boeing havia se envolvido em uma supervisão “robusta e bem estabelecida” do desenvolvimento do jato.
Em sua moção para indeferir o pedido, a Boeing disse que os reclamantes ignoraram “os sistemas robustos que estavam em vigor há muito tempo” para manter o conselho informado sobre questões de risco significativas.
A Boeing reconheceu, como parte de um acordo de processo adiado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em janeiro, que a empresa ocultou detalhes sobre um sistema de controle de voo crucial no centro dos dois acidentes da Administração Federal de Aviação dos EUA. (Com Reuters)