Na sondagem deste mês de novembro, o BofA disse que a maioria (pouco mais de 40%) dos gestores vê a cotação entre R$5,41 e R$5,70 no término de 2022. O dólar à vista estava em torno de R$5,50 na tarde desta terça-feira.
Na pesquisa de outubro, a maior parcela (de mais de 30%) via o câmbio entre R$4,81 e R$5,10. Outro grupo, em torno de 30% dos respondentes, enxergava o dólar entre R$5,11 e R$5,40.
Se no mês passado as eleições de 2022 eram percebidas como o maior risco à economia brasileira, em novembro uma deterioração sem controle das contas públicas passou a ser vista como o principal temor.
A maioria das respostas (cerca de 30%) indicou ainda Selic entre 10% e 10,75% ao fim de 2022, mas porcentagens pouco abaixo de 20% também apontavam juro básico entre 12%-12,75%, 11%-11,75% e 8%-8,75%.
A maior parte do painel consultado pelo BofA sinalizou que taxas de juros de curto prazo de 12% podem desencadear uma recessão no Brasil. Por enquanto, 14% dos participantes da pesquisa esperam que o PIB caia no próximo ano.
O tenso noticiário fiscal elevou, ainda que de forma não tão aguda, a percepção de risco de rebaixamento da nota de crédito do Brasil em 2022 e 2023 ou depois. A porcentagem dos que não veem corte do “rating” caiu de perto de 60% em outubro para menos de 50% em novembro.
(Com Reuters)