A companhia de alimentos BRF estimou receita líquida de R$ 65 bilhões para o período de 2021 a 2024, conforme fato relevante divulgado ontem (7).
Em dezembro passado, a empresa projetou receita de R$ 65 bilhões, mas para o intervalo 2021-23.
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A companhia manteve a expectativa de investimentos até 2030 em cerca de R$ 55 bilhões, incluindo os desembolsos realizados em 2021, com estabelecimento de limite prudencial de alavancagem financeira líquida de até 3 vezes.
Para o intervalo 2021-24, a BRF estimou aumento de 2 vezes do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), em relação aos 12 meses findos em 30 de setembro de 2020 –considerado ano-base para a estratégia “Visão 2030”.
Já entre 2025 e 2027, a expectativa é de elevação da receita líquida e do Ebitda em torno de 2,5 vezes em relação ao fim de setembro do ano passado. E a projeção de crescimento da receita no mercado brasileiro foi fixada em mais de 60%.
A BRF disse ainda que estimativa receita líquida superior a R$ 100 bilhões e de avanço do Ebitda em mais de 3,5 vezes para o período de 2028 a 2030, contra o ano-base, com margem Ebitda média acima de 15%, margem líquida média de 6% e retorno sobre o capital investido de 16%, aproximadamente.
“Tais projeções são dependentes de fatores e condições de mercado que são voláteis e não estão sob controle da companhia, podendo, assim, diferir em relação aos números e resultados a serem efetivamente registrados pela companhia”, disse a BRF.
A BRF realizará hoje (8) evento BRF Day 2021 para discutir as projeções.
Alta de custos sem precedentes
A processadora brasileira de carnes BRF enfrentou uma pressão inflacionária sem precedentes de custos este ano, quando os preços do milho, farelo de soja e embalagens mais que dobraram, disse o CEO da companhia, Lorival Luz, durante uma apresentação da empresa na quarta-feira.
Luz disse que embora os preços mais altos dos insumos tenham pressionado as margens de lucro no período, a empresa ainda será capaz de entregar bons resultados no futuro próximo, pois está vendendo mais produtos alimentícios processados e refeições prontas, que têm maior valor agregado.