O Ibovespa fechou hoje (6) em alta de 1,70%, a 106.858 pontos, amparado pelo desempenho das blue chips e dos mercados globais. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4) fecharam com avanços de 5,43%, 0,93% e 0,45%, respectivamente, na esteira da alta dos preços das commodities no exterior. Declarações do presidente Jair Bolsonaro de que a petroleira irá anunciar uma redução dos preços dos combustíveis também impulsionaram os papéis da estatal.
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que se iniciará amanhã (7), está no radar dos investidores. As expectativas dos economistas são de que a Selic, a taxa básica de juros, seja elevada em 1,50 ponto-percentual, chegando a 9,25% ao ano. A taxa atualmente é de 7,75% ao ano.
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Entre os destaques positivos da sessão estão Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e Braskem (BRKM5), com altas de 11,34%, 10,57% e 9,75%, respectivamente. As ações de turismo sobem com o alívio das preocupações sobre a nova variante da Covid-19.
“O ‘risco x retorno’ [do mercado brasileiro] ficou favorável, especialmente para ativos premium e blue chips que ficaram descontados ao longo do processo de queda [visto] entre outubro e novembro, o que ajuda explicar o atual apetite por risco”, comenta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
Em Wall Street, os índices também fecharam em alta. O Dow Jones subiu 1,87%, a 35.227 pontos, o S&P 500 registrou ganhos de 1,17%, a 4.591 pontos, e o Nasdaq avançou 0,91%, a 15.225 pontos.
Os ganhos foram impulsionados pela redução da percepção de risco ligada à nova variante da Covid-19, que, apesar de ser mais transmissível, parece ser menos letal. Todos os setores do S&P 500 fecharam em alta, com o setor industrial liderando a 1,64%.
Ações de blue chips, como Goldman Sachs, Boeing e Chevron, subiram mais de 1% e puxaram o avanço do Dow Jones. Por outro lado, a Tesla recuou 0,59%, após abertura de uma investigação sobre denúncias de defeitos em painéis solares da fabricante de carros elétricos, o que pesou sobre o Nasdaq.
Os participantes do mercado permanecem atentos à divulgação do índice de preços ao consumidor na sexta-feira (10). A depender do dado, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode acelerar ou não a retirada de estímulos à economia norte-americana.
O dólar fechou em leve alta de 0,13%, negociado a R$ 5,6898 na venda, nova máxima em quase oito meses. O movimento veio com apostas de que o Federal Reserve irá antecipar o aumento de juros nos Estados Unidos, ofuscando as fortes expectativas de elevação da taxa Selic nesta semana. (Com Reuters)