O aumento das taxas de juros reduzirá a emissão mundial de títulos em cerca de 2% neste ano, afirmou a empresa de classificação de crédito S&P Global, embora para as empresas seja provável que a queda fique entre 5% e 15%.
A emissão global de títulos, sem incluir empréstimos do governo, atingiu US$ 9 trilhões no ano passado. Mas neste ano houve um salto acentuado nas taxas de empréstimo por apostas de que o banco central norte-americano (Fed) aumentará as taxas de juros até cinco vezes em 2022.
“Esperamos que a emissão global de títulos contraia 2% em 2022 –consistente com o retorno da atividade econômica para patamares pré-pandemia, embora os riscos sejam negativos”, disse a S&P em novo relatório publicado hoje (31).
“O principal risco para nossa previsão é o Fed responder de forma muito agressiva no combate à inflação, resultando em saltos nas taxas de juros, congelamento do mercado ou declínio da atividade econômica e dos lucros.”
A agência acrescentou que outras incertezas incluem eleições globais, evolução da pandemia e riscos geopolíticos.
A S&P previu que a emissão de títulos de empresas não financeiras cairia de 5% a 15%, depois de terminar 2021 em pouco menos de US$ 3 trilhões, enquanto a oferta de bancos e empresas financeiras ficaria entre estabilidade e leve crescimento, após subir 16% no ano passado, para um recorde de US$ 3,07 trilhões.