A Apple anunciou ontem (27) um recorde de vendas no quarto trimestre, superando estimativas devido à alta demanda pelo iPhone e ao crescimento de assinantes, após um alívio na escassez de chips.
A ação da Apple subiu mais de 3% no after-market, após ter caído 10% este ano em linha com o mercado, com investidores embolsando ganhos com ações que dispararam na pandemia.
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Os resultados recordes refletiram o que os analistas descreveram como a Apple se aproveitando de seu tamanho. A empresa conseguiu pressionar fornecedores e fabricantes para produzir grandes quantidades de iPhones e outros dispositivos, apesar da escassez provocada pela pandemia.
O diretor financeiro Luca Maestri disse que o crescimento da receita diminuirá neste trimestre, devido às taxas de câmbio menos favoráveis e às datas de lançamento de produtos.
“O nível de restrição vai depender muito de outras empresas, qual será a demanda por chips de outras empresas e outros setores. É difícil para nós prever, então tentamos focar no curto prazo”, disse ele à Reuters.
Com poucos telefones rivais estreando na temporada de compras de fim de ano, o iPhone 13 levou a uma receita mundial de vendas de telefones para a Apple de US$ 71,6 bilhões, um aumento de 9% em relação à temporada de festas de 2020 que superou Wall Street, segundo dados da Refinitiv.
A participação de mercado de smartphones da Apple na China atingiu o recorde de 23% no trimestre, sendo o fornecedor mais vendido no país pela primeira vez em seis anos, informou a empresa de pesquisa Counterpoint Research anteontem (26).
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A receita fiscal da Apple no trimestre foi de US$ 123,9 bilhões, 11% acima do ano passado e acima da estimativa média dos analistas, de US$ 118,7 bilhões. O lucro foi de US$ 34,6 bilhões, ou US$ 2,10 por ação, em comparação com as expectativas dos analistas de US$ 31 bilhões e US$ 1,89 por ação.
O negócio de serviços da Apple, que abrange aplicativos pagos como Apple TV+, Apple Music e Apple Fitness, também teve um grande salto. A receita de serviços aumentou 24%, para US$ 19,5 bilhões, superando estimativas dos analistas de US$ 18,6 bilhões. A empresa tem 785 milhões de assinantes pagantes em suas ofertas, um aumento de 620 milhões um ano atrás e 745 milhões no último trimestre.
As vendas de iPads caíram 14%, para US$ 7,25 bilhões, em comparação com as estimativas de 8,2 bilhões, parecendo confirmar as previsões da indústria de que os iPads teriam baixa prioridade para quaisquer peças escassas.
As vendas de Macs aumentaram 25%, para US$ 10,9 bilhões, ante estimativas de US$ 9,5 bilhões, e as vendas de acessórios aumentaram 13%, para US$ 14,7 bilhões, em comparação com estimativas de US$ 14,6 bilhões.