O Citi piorou suas projeções para a atividade econômica brasileira, esperando agora que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha avançado 4,4% em 2021 e recue 0,3% em 2022, ante estimativas anteriores de crescimento de 4,5% e 0,3%, respectivamente.
As projeções mais pessimistas vieram na esteira de dados do setor de serviço divulgados mais cedo nesta quinta-feira, que, embora mais fortes do que o esperado, “não evitam um rebaixamento em nossas previsões para o PIB”, disse o Citi em relatório.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de serviços prestados no Brasil saltou 2,4% em novembro na comparação com outubro, maior taxa de crescimento desde fevereiro de 2021 (+4,0%).
“O aumento geral foi amplo, levando o indicador de volta ao nível de agosto de 2021, mas ainda indica um carregamento estatístico negativo de 0,3% para quarto trimestre” em relação aos três meses anteriores, afirmou o Citi.
Segundo o credor norte-americano, isso se soma a uma performance pior do que o esperado da produção industrial, que teve em novembro queda de 0,2%, o que indica contração de 0,2% do PIB nos últimos três meses do ano passado.
Para este ano, a estimativa de retração econômica é justificada pela perspectiva de aperto monetário –com a taxa Selic devendo chegar a 12,25% ao ano– e pela disseminação da variante Ômicron do coronavírus, afirmou o Citi, citando ainda o carregamento estatístico negativo vindo do último trimestre de 2021. A taxa Selic está em 9,25%.