O Ibovespa opera em queda de 0,09% na abertura do pregão de hoje (17), a 106.824 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores acompanham as repercussões da nova alta na perspectiva de inflação de 2022 e 2023. No cenário internacional, as atenções estão voltadas para os dados de recuperação econômica da China.
O dólar recua 0,11% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,5069.
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A expectativa para a inflação na pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central aumentou tanto para este ano quanto para o próximo, mas o cenário para a política monetária permaneceu inalterado.
O levantamento semanal apontou que a estimativa para a alta do IPCA subiu a 5,09% em 2022 e 3,40% em 2023, de 5,03% e 3,36%, respectivamente, na semana anterior.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano teve ajuste de 0,01 ponto percentual para cima, a 0,29%, mas melhorou para 2023. A expectativa agora é de crescimento de 1,75% no ano que vem, ante 1,70%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve encerrar este ano a 11,75% e o próximo a 8,0%, sem alterações. Atualmente a Selic está em 9,25%.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) iniciou 2022 sob influência de importantes commodities no atacado e subiu 1,79% em janeiro, depois de recuar 0,14% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No primeiro mês do ano, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 2,27%, contra queda de 0,51% em dezembro.
“As acelerações observadas nos preços do minério de ferro (de -19,28% para 24,56%) e da soja (de -3,41% para 2,92%), itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA, índice com maior influência sobre o IGP-10”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,69% em novembro em relação a outubro, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC hoje.
Na comparação com novembro de 2020, o IBC-Br registrou alta de 0,43%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 4,30%, de acordo com números observados.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, as bolsas estão fechadas por conta do Dia de Martin Luther King Jr.
Na Ásia, as ações da China fecharam em alta nesta segunda-feira depois que a economia do país cresceu mais do que o esperado no último trimestre de 2021.
A economia da China se recuperou em 2021 com o melhor crescimento em uma década ajudada por exportações robustas, mas existem sinais de que a força está desacelerando com o enfraquecimento do consumo e a crise do setor imobiliário, indicando a necessidade de mais suporte.
A expansão no quarto trimestre atingiu mínima em um ano e meio, mostraram dados do governo, pouco depois de o banco central agir para impulsionar a economia com um corte na taxa de empréstimo pela primeira vez desde o início de 2020.
O presidente Xi Jinping afirmou que seu país está totalmente confiante em relação ao desenvolvimento econômico e que a força geral da economia é sólida.
A China continuará com reformas e sua abertura, acrescentou Xi durante discurso na conferência virtual Davos Agenda do Fórum Econômico Mundial.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,68%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,14%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,58%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,74%.
Na Europa, a influenza voltou de maneira mais rápida do que o esperado após quase desaparecer no ano passado, levantando preocupações sobre uma pandemia dupla prolongada com a Covid-19, em meio às dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra a gripe.
Por volta das 10h10, o Stoxx 600 ganhava 0,60%; na Alemanha, o DAX sobe 0,42%; o CAC 40 em alta de 0,70% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,44%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,77% no Reino Unido. (Com Reuters)