O Ibovespa opera em queda de 0,43% na abertura do pregão de hoje (13), a 105.259 pontos perto das 10h20, horário de Brasília. No cenário interno, os investidores acompanham os números do setor de serviços, que registrou crescimento após dois meses de perdas. Já no exterior, os mercados estão de olho na divulgação dos dados de inflação ao produtor nos EUA e no avanço dos casos da Covid-19 no mundo.
O dólar operava em alta de 0,24% ante o real por volta das 10h20, com os compradores entrando em cena após dois dias seguidos de perdas acentuadas na divisa norte-americana. A moeda era negociada a R$ 5,5489.
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O volume de serviços prestados no Brasil cresceu em novembro muito mais do que o esperado, interrompendo dois meses seguidos de perdas, impulsionado sobretudo pelos serviços de informação e comunicação.
Mesmo com o salto da inflação no final de 2021, o setor de serviços apresentou em novembro avanço de 2,4% na comparação com outubro, maior taxa de crescimento desde fevereiro de 2021 (+4,0%), de acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou bem acima da expectativa de pesquisa da Reuters que apontou ganho de 0,2%, deixando o setor 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume de serviços cresceu 10%, sendo que a expectativa era de alta de 6,5%.
“Esta recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015″, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor atingiu uma máxima em quase 40 anos, subindo 7% em dezembro, de acordo com os dados divulgados ontem (12).
Para a diretora do Fed Lael Brainard controlar a inflação é a “tarefa mais importante” que o Federal Reserve (Fed) enfrenta no momento.
“Estamos vendo a retomada mais forte no crescimento e declínio no desemprego dentre qualquer recuperação nas últimas cinco décadas”, disse Brainard. “Mas a inflação está muito alta e os trabalhadores de todo o país estão preocupados com até onde seus contracheques aguentam. Nossa política monetária está focada em reduzir a inflação para 2% enquanto sustenta uma recuperação que inclui a todos. Esta é nossa tarefa mais importante.”
“A alteração de até quatro aumentos da taxa de juros em vez de três como era previsto pode ser uma realidade já em março 2022. O objetivo é controlar o aumento da inflação e fazer com que ela volte aos 2% no médio prazo”, comentou Felipe Castro, especialista em Renda Variável da Blue3.
Na Ásia, o mercado acionário da China fechou em baixa depois que os novos empréstimos bancários caíram mais do que o esperado em dezembro em relação ao mês anterior, com as ações de consumo liderando as perdas em meio a surtos locais de Covid-19.
Os bancos chineses distribuíram 1,13 trilhão de iuanes (US$ 177,56 bilhões) em novos empréstimos em dezembro, contra 1,27 trilhão de iuanes em novembro, e o volume total de empréstimos para o ano todo de 2021 registrou recorde.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,11%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,14%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,17%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,96%.
Na Europa, os preços altos das commodities, o surgimento da variante Ômicron do coronavírus e um aperto mais rápido da política monetária podem pesar sobre o crescimento global este ano, disse o Banco Central Europeu (BCE).
“Gargalos de oferta persistentes, alta dos preços das commodities e o surgimento da variante Ômicron do coronavírus continuam a pesar sobre a perspectiva de crescimento de curto prazo”, disse o BCE.
“Um aperto mais cedo e mais rápido da política monetária em grandes economias avançadas pode ter repercussões nas condições financeiras de economias de mercados emergentes e representaria um risco negativo ao crescimento”, completou.
Por volta das 10h20, o Stoxx 600 perdia 0,04%; na Alemanha, o DAX sobe 0,10%; o CAC 40 em queda de 0,57% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,28%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 1,12% no Reino Unido. (Com Reuters)