Pode ter acabado. Adam Schefter e Jeff Darlington, da ESPN, informaram na tarde de sábado (29) que Tom Brady estava se aposentando do futebol profissional.
A própria empresa de bem-estar de Brady, TB12, pareceu confirmar a notícia em um post no Twitter agradecendo-o por “22 temporadas incríveis”. Mas a postagem foi excluída posteriormente, e o agente do quarterback de 44 anos, Don Yee, tentou conter a especulação, dizendo a Schefter em um comunicado que “Tom será a única pessoa a expressar seus planos com total precisão”.
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A Associated Press então informou, citando fontes não identificadas, que Brady havia dito ao Tampa Bay Buccaneers que não havia decidido se penduraria suas chuteiras. (Atualização: Brady anunciou em 1º de fevereiro que vai parar).
Brady, uma escolha da sexta rodada que passou a estrelar o New England Patriots e os Buccaneers, deixaria para trás um legado no Hall da Fama, com recordes na carreira da NFL por passes de transmissão (84.520), passes para touchdowns (624) e campeonatos (7).
Três vezes escolhido como o jogador mais valioso (MVP), Brady teve o mesmo sucesso financeiro: em seus 22 anos, ganhou US$ 293 milhões com seus contratos como jogador, de acordo com o Spotrac. A Forbes estima que Brady adicionou mais de US$ 160 milhões com seus esforços fora de campo.
Esse total, de cerca de US$ 450 milhões, faz de Brady o líder de ganhos de todos os tempos da NFL, a liga de futebol americano, superando a marca estabelecida por seu rival de longa data Peyton Manning, que deixou o esporte após a temporada de 2015 com cerca de US$ 400 milhões ganhos na carreira.
Com acordos de patrocínio com empresas como Fanatics, Hertz, Subway e Under Armour – além de uma enorme parceria com a corretora de criptomoedas FTX em junho – Brady redesenhou a maneira como os jogadores de futebol podem alavancar seu poder.
Ele arrecadou um valor recorde de US$ 45 milhões fora de campo nesta temporada, superando os US$ 31 milhões que atingiu em maio, quando ficou em nono lugar na lista anual da Forbes dos atletas mais bem pagos do mundo.
Esse nível de sucesso como arremessador ainda é uma novidade para Brady, que por muitos anos teve a reputação de recusar a maioria das ofertas de patrocínio. Brady estava tirando cerca de US$ 12 milhões anualmente fora de campo na temporada de 2019, de acordo com estimativas da Forbes – o suficiente para colocá-lo entre os jogadores mais bem pagos da NFL, mas não na mesma estratosfera dos últimos dois anos.
Com seus novos acordos de marketing – e seu sétimo título do Super Bowl em fevereiro do ano passado, em seu primeiro ano com os Buccaneers – seu negócio explodiu. Além de seus patrocínios tradicionais, Brady é cofundador da TB12, que vende suplementos e outros produtos de fitness, e da plataforma de NFTs Autograph, lançada no verão passado, que arrecadou US$ 170 milhões em uma recente rodada de investimentos. Ele também tem sua própria empresa de mídia, 199 Productions, e é o tema da série de documentários da ESPN+ Man in the Arena. O atleta, que sempre teve a camisa mais vendida da NFL, revelou uma linha de roupas este mês.
Nascido em San Mateo, Califórnia, Brady entrou na NFL em 2000, depois que o Patriots o selecionou em 1999 no time da Universidade de Michigan. Sua série de sucessos começou um ano depois, após uma lesão de Drew Bledsoe elevar Brady ao papel de quarterback titular e ele liderar o time rumo ao seu primeiro título do Super Bowl, sobre o St. Luís Rams. Ele ganhou um total de seis campeonatos na Nova Inglaterra antes de partir para Tampa Bay, em 2020.
Brady disse repetidamente que queria jogar até os 45 anos, mas aumentou a aposta em outubro, quando disse à ESPN que poderia jogar até os 50 ou 55 anos – se quisesse.
Apesar de uma derrota para os Rams nos playoffs da divisão na semana passada, ele continua no topo, tendo liderado a liga em passes completos (485), passes de transmissão (5.316) e touchdowns (43) em 2021. Ele está programado para ganhar US$ 27,3 milhões em salários e bônus caso retorne para a temporada de 2022.
Se o atleta realmente encerrar a sua carreira, o quarterback Patrick Mahomes, do Kansas City Chiefs, se tornaria o novo rei do marketing da NFL. Ele ganhou US$ 22 milhões fora do campo nesta temporada, de acordo com estimativas da Forbes.
Apenas três outros jogadores na lista desta temporada dos dez jogadores mais bem pagos da NFL ganharam oito dígitos fora do campo: Dak Prescott (US$ 12 milhões), Russell Wilson (US$ 12 milhões) e Aaron Rodgers (US$ 11 milhões).