O Ibovespa opera em alta de 0,32% no pregão de hoje (1º), a 112.499 pontos, às 10h35, horário de Brasília. Investidores repercutem o IPP (Índice de Preços ao Produtor), que registrou queda de 0,12% em dezembro, o primeiro recuo em mais de dois anos.
Entre as 24 atividades analisadas, o índice apontou que as duas maiores quedas no mês ocorreram nas indústrias extrativas e de metalurgia. Apesar disso, os preços na indústria fecharam o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, depois de avanço de 19,38% em 2020.
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“Podemos enumerar [como fatores que influenciaram o resultado] o câmbio, cuja depreciação chegou a quase 10%, e o comportamento do mercado ao longo do ano, com aumentos consideráveis no preço do minério de ferro e do óleo bruto de petróleo”, diz o gerente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Alexandre Brandão.
Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que a retração da indústria brasileira se acentuou em janeiro, caindo a 47,8, depois de ter marcado 49,8 em dezembro. Essa é a leitura mais fraca desde maio de 2020.
As perdas aconteceram em meio a elevadas pressões de preços, poder de compra limitado entre os consumidores e a nova onda da Covid-19, marcada pela variante Ômicron.
O dólar opera em queda de 0,38%, sendo negociado a R$ 5,2856 na venda, dando sequência às fortes perdas registradas nas últimas três sessões conforme o Banco Central dá início a sua reunião de política monetária de dois dias.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. Investidores continuam monitorando a temporada de balanços financeiros, com expectativas sobre a Alphabet (GOOGL) e o PayPal (PYPL), que divulgam resultados ainda hoje.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, em meio ao clima de maior tomada de risco global, com os mercados da Coreia do Sul e da China fechados por conta do feriado do Ano Novo Lunar.
O Japão registrou taxa de desemprego de 2,7% em dezembro de 2021, se mantendo estável em relação a novembro de 2021. No mesmo período de 2020, a taxa havia sido de 2,8%. Já a produção industrial do país subiu para 55,4 pontos em janeiro, após registrar 54,3 pontos em dezembro.
Mais da metade dos leitos hospitalares de Tóquio reservados para pacientes com Covid-19 estão ocupados, um nível que as autoridades já assinalaram anteriormente como critério para solicitar um estado de emergência. A capital e a maior parte do Japão estão agora sob restrições.
O índice japonês Nikkei ganhou 0,28%, enquanto o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,46%.
Na Europa, os principais índices operam em alta. A atividade industrial da zona do euro acelerou no mês passado, com o alívio nos gargalos da cadeia de oferta, segundo o Índice de Gerentes de Compras divulgado hoje.
“As indústrias da zona do euro parecem estar passando pela tempestade da Ômicron melhor do que ondas anteriores da Covid-19 até agora, com as empresas informando a melhor alta da produção e encomendas em quatro meses em janeiro”, disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.
Já o desemprego na região caiu em dezembro para o nível mais baixo desde que os registros começaram, em abril de 1998. Segundo a Eurostat, a taxa recuou a 7,0% da força de trabalho, ante 7,1% em novembro.
Por volta das 10h35, o Stoxx 600 ganhava 1,44%; na Alemanha, o DAX subia 1,30%; o CAC 40 operava em alta de 1,36% na França; na Itália, o FTSE MIB ganhava 1,48%; enquanto o FTSE 100 avançava de 1,11%, no Reino Unido.
No cenário das commodities, o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia permanece impactando positivamente o barril de petróleo. Ainda assim, os preços devem sofrer alguma volatilidade no curto prazo diante da possível decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em elevar a produção global na reunião de amanhã. (Com Reuters)