O Ibovespa fechou hoje (2) em alta de 0,21%, a 112.910 pontos, pressionado por ações de bancos, que foram contaminados pelos resultados abaixo do esperado do Santander Brasil. Além disso, o principal índice da Bolsa brasileira ainda contou com a pressão dos papéis da Petrobras.
Após o fechamento, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um aumento da taxa Selic de 1,50 ponto-percentual, para 10,75% ao ano – esta foi a oitava reunião consecutiva do órgão que se encerrou com um reajuste para cima dos juros. É a primeira vez desde 2017 que a taxa Selic fica acima dos dois dígitos.
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“O comunicado trouxe novamente tom de alerta, principalmente sobre o quadro fiscal e possíveis impactos que um aumento dos gastos poderia ter sobre a inflação. O mercado pode interpretar que o ciclo de ajuste da Selic pode ser um pouco mais longo do que o previsto anteriormente. Hoje o mercado projeta juros de 11,75% para o final deste ano e essa projeção pode subir após a decisão de hoje”, avalia Fernanda Consorte, economista chefe do Banco Ourinvest.
Os destaques positivos da sessão incluem os papéis da Positivo (POSI3), Cielo (CIEL3) e Qualicorp (QUAL3), que avançaram 3,14%, 2,17% e 1,66%, respectivamente. O destaque negativo ficou para as ações do Banco Inter (BIDI11), com queda de 9,72%. A BRF (BRFS3) também encerrou o dia com forte queda de 7,91%, após precificar seu follow-on.
Os três principais índices de ações de Wall Street fecharam em alta no pregão de hoje, que foi movimentado por declarações de autoridades do Federal Reserve sobre a movimentação do banco na tentativa de conter a inflação.
Os investidores tentam buscar alternativas para as altas da taxa de juros já programadas pelo chair do Fed, Jerome Powell, mas o cenário não parece tender para essa perspectiva.
Por lá, o Dow Jones subiu 0,63%, a 35.629 pontos; o S&P 500 avançou 0,94%, a 4.589 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,50%, a 14.417 pontos.
O dólar à vista ensaiou ajuste de alta nesta tarde, mas perdeu força e acabou fechando perto da estabilidade, com alta de 0,09% a R$ 5,2754. A moeda se manteve nas mínimas dos últimos quatro meses. (Com Reuters).