O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 8,146 bilhões em janeiro, informou o Banco Central hoje (23), acima do esperado pelo mercado em meio à elevada remessa de lucros e dividendos e mais gastos com viagens no exterior.
A expectativa de economistas em pesquisa da Reuters era de um déficit de US$ 7,8 bilhões. O resultado no entanto, ficou abaixo do déficit de US$ 8,338 bilhões registrado um ano antes.
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O déficit em 12 meses diminuiu ligeiramente a 1,71% do PIB, ante 1,74% em dezembro.
Embora o déficit comercial tenha encolhido no primeiro mês do ano, as remessas líquidas de lucros e dividendos subiram para US$ 2,474 bilhões em janeiro, de US$ 1,080 bilhão um ano antes.
Os gastos com viagens aumentaram a US$ 269 milhões em janeiro, contra apenas US$ 39 milhões no mesmo mês do ano passado.
Por sua vez, os investimentos diretos no país no mês (IDP) somaram US$ 4,709 bilhões, ante expectativa no mercado de US$ 3,478 bilhões.
De acordo com o BC, os investidores estrangeiros destinaram US$ 5,708 bilhões a ações e fundos de investimentos no mês, contra US$ 6,198 bilhões em janeiro de 2021.
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Para o mês de fevereiro, o BC projetou um déficit em transações correntes de US$ 2,6 bilhões e IDP de US$ 10 bilhões.
Até o dia 18 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 5,2 bilhões, disse ainda o BC.