Pela 15ª vez seguida, a Vale (VALE3) liderou o ranking da Forbes de ações mais recomendadas, realizado a partir do levantamento de 21 carteiras dos principais bancos e corretoras do país.
Em fevereiro, a mineradora recebeu 15 indicações. Segundo os especialistas, a empresa continua apresentando resultados operacionais fortes e o aumento dos preços do minério de ferro nos mercados internacionais fortalece a perspectiva de valorização dos papéis da mineradora.
O segundo lugar foi ocupado pela Weg (WEGE3), que recebeu nove indicações. Analistas da Ágora Investimentos argumentam que a empresa se apresenta “bem posicionada para o longo prazo, com um portfólio competitivo de produtos para energia renovável, armazenamento de energia e soluções da indústria 4.0.”
A Weg possui cerca de 57% da sua receita denominada em dólar, o que representa outro ponto favorável à empresa, considerando a valorização da moeda estrangeira vista nos últimos anos. Analistas também apontam que, ao fornecer soluções de estação de carga, a companhia pode se beneficiar do processo de eletrificação dos veículos.
Em terceiro lugar, houve um empate entre PetroRio (PRIO3), Itaú Unibanco (ITUB4), Gerdau (GGBR4) e Suzano (SUZB3), que receberam sete indicações cada.
O Itaú Unibanco avançou uma posição em comparação com o levantamento de janeiro. De acordo com os analistas da Terra Investimentos, um dos pontos positivos da empresa é a “adoção de gestão estratégica de custos, buscando atingir maior eficiência com maior digitalização e expansão nos canais digitais.”
Eles destacam que, no balanço do terceiro trimestre de 2021, o Iti, banco digital do Itaú, atingiu a marca de 10 milhões de clientes, sendo que 2,2 milhões foram adicionados apenas no período destacado.
A PetroRio (PRIO3), por sua vez, manteve a sua posição. Os especialistas dos bancos e corretoras apontam que a companhia vem apresentando resultados operacionais positivos, que possibilitam investimentos em melhorias das operações e novas aquisições.
Por fim, a Petrobras (PETR4), que já liderou o ranking ao lado da Vale, ficou em quarto lugar. Segundo analistas da XP Investimentos, a empresa está “barata demais para ignorar”, mas é preciso ter cuidado com os riscos políticos, especialmente no que se refere à volatilidade trazida pelo período eleitoral, e à incerteza sobre a governança corporativa a partir de 2023.
Confira as ações recomendadas pelos 21 bancos e corretoras consultados pela Forbes e os comentários de analistas sobre os papéis de maior destaque em fevereiro.
Vale (VALE3): 15 recomendações
Terra Investimentos:
O cenário ainda é positivo para as ações da Vale, favorecido pelo câmbio e expectativa de manutenção na demanda do aço e retomada do preço do minério de ferro. O desinvestimento da unidade de carvão em US$ 270 milhões e anúncio da nova recompra de 200 milhões de ações nos próximos 12 meses (4,1% do float) são destaques dos últimos meses.
Planner:
A recuperação dos preços do minério mercado internacional já teve um reflexo nas ações em janeiro, mas ainda vemos espaço para valorização no curto prazo. Acreditamos que no preço atual da ação, o potencial de valorização é ainda relevante.
Weg (WEGE3): 9 recomendações
MyCap:
Destacamos que a companhia desenvolve soluções para atender as necessidades voltadas à eficiência energética, energias renováveis e mobilidade elétrica, e possui operações industriais em 12 países e presença comercial em mais de 135 países, elevando sua atratividade e diluindo riscos específicos regionais e de câmbio.
Toro Investimentos:
No cenário técnico, as ações de Weg iniciaram um movimento de topos e fundos ascendentes, e já negociam acima da média de 20 dias. Para os próximos dias, acreditamos que Weg pode continuar o movimento altista, tendo possíveis alvos técnicos na região dos R$ 34 (aproximadamente 6% de alta).
Suzano (SUZB3): 7 recomendações
Investmind:
Olhando para o futuro, esperamos uma demanda chinesa por celulose aumentando em 1 milhão de toneladas por ano até 2025 e uma tendência em todos os mercados para aumentar o uso de papel em detrimento do plástico, somados às expectativas de um câmbio desvalorizado e podendo se intensificar no ano de eleição
Ágora Investimentos:
Após vários meses de estabilidade, a Suzano é o primeiro player global a anunciar aumentos de preços de celulose de fibra curta na Europa. Entendemos que as avaliações são amplamente descontadas, com as ações sendo negociadas cerca de 30% abaixo dos níveis justos para este ponto do ciclo.