Os investimentos no varejo e no private (formato em que os investidores injetam dinheiro em empresas de capital fechado) cresceram 7,2% em 2021, atingindo um montante de R$ 4,5 trilhões, de acordo com o levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os títulos e valores mobiliários se destacaram entre as maiores altas no ano – essas modalidades cresceram 16% na comparação com 2020 e acumularam R$ 1,9 trilhão em aportes. Os fundos de investimento também contaram com bom desempenho no período e chegaram a R$ 1,4 bilhão, alta de 3,3%.
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A renda fixa foi a modalidade que mais ganhou destaque, principalmente por conta das consecutivas altas na taxa básica de juros, a Selic. Assim, 59% do volume investido em 2021 foi direcionado para a modalidade.
Dentre os tipos de investimento em renda fixa, os CDBs (certificados de depósito bancários) ficou em primeiro lugar, com crescimento de 15,7% no ano. O segundo lugar ficou com as LCAs (letras de crédito do agronegócio), que ganhou R$ 30 bilhões no período.
Os investimentos em ações também cresceram em 2021 e registraram aumento de R$ 3,6 bilhões. Os aportes na Bolsa de Valores correspondem a 19,7% do total aplicado no ano.
Para 2022, a expectativa é que seja um ano desafiador, na visão da associação. “Deveremos contar com inflação alta, sinais de desaceleração, mas ao mesmo tempo um ano de eleição, que historicamente movimenta a economia. O cenário deverá continuar um pouco travado, mas as carteiras continuarão avançando”, avalia José Ramos Rocha Neto, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima.
Em sua visão, a renda fixa deve prevalecer, assim como papéis atrelados à inflação. Na renda variável, provavelmente veremos inconstâncias. “Para os investidores com apetite ao risco, com certeza terá boas oportunidades para investir na baixa e colher os frutos em 2023″, completa.