O BV, antes conhecido como Banco Votorantim, anunciou ontem que teve lucro recorrente de R$ 421 milhões no quarto trimestre. Alta de 21,3% sobre mesma etapa de 2020, uma vez que margens maiores em novas linhas de negócios compensaram o avanço fraco nas linhas principais de crédito automotivo e para empresas.
De outubro a dezembro, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) da instituição controlada pelo Grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil foi de 14,5%, com alta de 1,5 ponto percentual sobre um ano antes.
A carteira de financiamento automotivo do BV fechou 2021 em R$ 42 bilhões, um avanço de apenas 1,5% no ano.
Segundo Gabriel Ferreira, presidente do BV, embora o banco tenha mantido a liderança no segmento de seminovos no país, passou a enfrentar maior concorrência de outras instituições financeiras, dado que a produção mais baixa de veículos zero quilômetro os levou a disputar também o mercado de usados.
No atacado, que atende empresas com receita anual acima de R$ 300 milhões, a carteira de R$ 23,8 bilhões do BV ficou quase estável.
Em contrapartida, o BV teve um crescimento de 181,6% na carteira de financiamento de painéis solares. Em pequenas empresas o crescimento na carteira foi de 96,3% ano a ano. Os negócios de antecipação de recebíveis, também ajudaram a margem líquida de juros a crescer 10% no comparativo anual.
O índice de inadimplência acima de 90 dias do banco ficou em 3,7%, alta de 0,2 ponto percentual em relação a 2020, ainda abaixo da média histórica, de 4,5%, informou o BV.
O índice de Basileia fechou o ano em 15,8%, alta de 1,2 ponto percentual em 12 meses.
Segundo Ferreira, o BV segue aguardando uma nova janela para retomar os planos para sua oferta inicial de ações (IPO), suspensa em abril de 2021 diante do ambiente adverso do mercado.