A Suzano divulgou hoje (9) lucro líquido de R$2,3 bilhões para o quarto trimestre, queda de 61% sobre o desempenho obtido um ano antes, impactado pela variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira.
A geração de caixa medida pelo Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado somou R$6,35 bilhões, 60% acima do observado em igual etapa de 2020.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$1,6 bilhão para a Suzano nos três últimos meses do ano passado e Ebitda de R$6,1 bilhões.
A linha de variação cambial da Suzano foi negativa em R$1,4 bilhão nos três últimos meses do ano passado ante dado positivo de R$4,46 bilhões no quarto trimestre de 2020.
A companhia, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, divulgou seu balanço no mesmo dia em que a rival Klabin, que atua também no setor de papel para embalagens, divulgou resultado dentro do esperado, com alta de 44% no Ebitda, impulsionado por preços maiores, demanda aquecida e desvalorização do real.
A Suzano teve alta de 43% na receita líquida do quarto trimestre sob um ano antes, para R$11,47 bilhões. A melhora no faturamento ocorreu apesar de crescimento de apenas 3% no volume total de vendas, que atingiu 3,1 milhões de toneladas, das quais 2,7 milhões foram de celulose, incremento anual de 2%.
O custo caixa de produção de celulose subiu 20% no quarto trimestre na comparação anual, para R$747 por tonelada, impactado por fatores que incluíram aumento de preço de produtos químicos, do gás natural e de madeira. A Suzano afirmou que compensou parte da alta com maiores vendas de energia elétrica naturalmente gerada no decorrer do processo de produção da celulose.
A companhia terminou o quarto trimestre com uma redução na alavancagem refletida na relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado. A relação em dólares recuou de 4,2 vezes no final de 2020 para 2,4 vezes no fim de 2021. Em reais, a alavancagem passou de 4,3 para 2,5 vezes.