A XP elevou hoje (14) sua projeção para o patamar da taxa Selic ao fim do atual ciclo de aperto monetário do Banco Central, esperando que os juros cheguem a 12,75% ao ano em junho, com espaço para início de eventual processo de afrouxamento em dezembro.
“As perspectivas para a inflação no Brasil têm se revelado mais desafiadoras que esperávamos, o que justifica um ajuste monetário mais intenso” do que a projeção anterior do cenário base, que era de Selic terminal de 11,75%, disse Caio Megale, economista-chefe da XP, em relatório.
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De acordo com as novas estimativas da corretora, a taxa básica de juros será elevada em 1 ponto percentual em março, 0,75 ponto em maio e 0,25 ponto em junho.
“Com a Selic em um nível tão contracionista, ainda vemos espaço para o início do ciclo de afrouxamento monetário em dezembro”, disse Megale. A XP projeta que a redução dos juros começará com um corte de 0,50 ponto percentual, seguido por decréscimos de 0,75 ponto, até que a Selic atinja o nível neutro de 7,50%.
Dados do IBGE da semana passada mostraram que o IPCA subiu 0,54% em janeiro, desacelerando ante avanço de 0,73% em dezembro, mas registrando a taxa mais elevada para um primeiro mês do ano desde 2016. Em 12 meses, o índice saltou 10,38%, depois de ter encerrado 2021 com alta de 10,06%, bem acima do teto da meta.
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A XP manteve sua previsão de que o IPCA subirá 5,2% em 2022 como um todo, embora reconheça um “viés de alta” para a conta. Sua projeção para a inflação ao consumidor em 2023 é de 3,25%.