Os acionistas da Toshiba votaram hoje (24) contra propostas concorrentes sobre o futuro do conglomerado japonês, rejeitando uma apresentada pela administração da empresa e outra apoiada por acionistas ativistas.
O plano da administração de desmembrar a unidade de dispositivos da Toshiba e a proposta ativista de busca de ofertas de aquisição não conseguiram obter os 50% necessários dos votos para serem aprovadas.
A oposição aos planos da Toshiba de desmembrar a empresa foi generalizada e seu fracasso não é nenhuma surpresa. Já as chances de aprovação da proposta da 3D Investment Partners, para a Toshiba buscar ofertas de aquisição ou um investimento em participação minoritária não eram tão claras.
Embora a 3D e os outros dois principais acionistas da Toshiba tenham apoiado a busca por uma oferta de compra, a consultoria Institutional Shareholder Services (ISS) não recomendou o plano, dizendo que a proposta “parece excessivamente prematura”.
Falando no final da assembleia geral extraordinária de acionistas, o novo presidente-executivo da Toshiba, Taro Shimada, ex-executivo da Siemens, disse apenas que a empresa “consideraria várias opções estratégicas”.
As ações da Toshiba fecharam em queda de 0,5% após o resultado da assembleia.
Para alguns observadores, os resultados representaram um grande revés para os fundos de hedge ativistas.
Alguns acionistas também disseram esperar que um ou dois dos principais investidores nomeiem seus próprios representantes para o conselho na reunião anual de acionistas da Toshiba em junho para fazer com que a empresa solicite ofertas de aquisição.
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Durante a revisão estratégica de cinco meses realizada no ano passado, a Toshiba manteve discussões com empresas de private equity, mas decidiu não incentivar ofertas em potencial.
A companhia também se afastou das negociações avançadas para venda de uma participação minoritária para a canadense Brookfield Asset Management, disseram fontes, acrescentando que as empresas de private equity com quem a Toshiba manteve negociações incluíram KKR e Bain Capital.
A Toshiba argumentou que as potenciais ofertas de compra foram não foram atraentes.