O Ibovespa opera em queda de 0,36% na abertura do pregão de hoje (18), a 112.670 pontos, às 10h17, horário de Brasília. O índice acompanha os mercados internacionais, que se mostram menos otimistas com os avanços das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. No cenário doméstico, a Petrobras permanece em foco.
Apesar das diversas reuniões diplomáticas que ocorreram na última semana por conta da guerra na Ucrânia, poucos avanços relevantes foram registrados, e os ataques russos continuam a todo vapor.
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Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma conversa programada com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma tentativa de isolar Moscou da única grande potência que ainda não condenou seu ataque.
A guerra entrou em seu 23º dia hoje.
Os preços internacionais do petróleo oscilam entre perdas e ganhos nesta sessão, embora permaneçam acima de US$ 100 o barril. Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) acompanham o movimento, reagindo às pressões do governo para reduzir os preços dos combustíveis.
Em nota divulgada ao mercado hoje, a petroleira afirmou que “tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade, e mantém monitoramento diário do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade, não podendo antecipar decisões sobre manutenção ou ajustes de preços”.
A nota foi divulgada após o presidente Jair Bolsonaro cobrar a estatal sobre uma redução nas cotações, depois de o Brent ter ficado abaixo de US$ 100 mais cedo esta semana. Ele também falou sobre a “possibilidade” de substituição do CEO da empresa, o general da reserva Joaquim Silva e Luna.
O dólar opera em alta de 0,52%, sendo negociado a R$ 5,0601 na venda, acompanhando recuperação da divisa norte-americana no exterior em dia de menor apetite por risco.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em alta pela terceira sessão consecutiva, após uma enxurrada de garantias na última semana, por parte do governo, de fornecer mais apoio à economia.
Liderando os ganhos, o índice imobiliário saltou 6,66%, impulsionado por esperanças de que as autoridades afrouxarão as restrições de crédito para estimular a compra de imóveis e aliviar uma severa crise de liquidez enfrentada pelo setor.
No Japão, o índice acionário também fechou em alta. Como esperado pelo mercado, o seu banco central deixou inalterada a meta para os juros de curto prazo em -0,1% e a dos rendimentos dos títulos de dez anos em torno de 0%, ao final de sua reunião de política monetária nesta sexta-feira.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,41%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,84%. Já no Japão, o índice Nikkei ganhou 0,65%, enquanto o Shangai, na China continental, subiu 1,12%.
Na Europa, os principais índices registram perdas. Segundo dados divulgados hoje, a balança comercial da zona do euro apresentou déficit pelo terceiro mês seguido em janeiro, pressionada pelo aumento dos preços da energia.
A Eurostat informou que o déficit comercial foi de € 27,2 bilhões, em comparação com o superávit de € 10,7 bilhões um ano antes. O aumento ocorreu mesmo antes da invasão da Ucrânia pela Rússia levar a mais altas de custo.
Por volta das 10h17, o Stoxx 600 perdia 0,35%; na Alemanha, o DAX recuava 1,05%; na França, o CAC 40 operava em queda de 1,03%; na Itália, o FTSE MIB caía 0,92%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 cedia 0,63%. (Com Reuters)