O McDonald’s disse hoje (9) que o fechamento temporário de suas 847 lojas na Rússia custará à rede de fast-food cerca de US$ 50 milhões por mês.
Uma onda de grandes marcas norte-americanas, incluindo Starbucks, PepsiCo e Coca-Cola também anunciaram a saída total ou parcial da Rússia, após a invasão da Ucrânia pelo país.
O McDonald’s, um ícone da era pós-soviética, administra 84% de suas unidades na Rússia e disse que continuará pagando todos os seus 62.000 funcionários administrativos e de restaurantes. Outros custos virão de alugueis e da cadeia de suprimentos, disse o diretor financeiro da companhia, Kevin Ozan, durante uma conferência do banco UBS hoje.
“Esta é uma situação realmente desafiadora e complexa para uma empresa global como nós”, disse ele.
Outras sete marcas de fast-food, com mais de 2.600 pontos de venda combinados na Rússia, também podem sofrer um impacto financeiro de qualquer decisão de retirada do país – embora quase todos esses restaurantes sejam de propriedade e operados por franqueados independentes.
Leia mais: Quais são as sanções contra a Rússia e seus impactos econômicos?
A rede de pizzarias Papa John’s disse em comunicado hoje que pode ter que absorver o custo de US$ 15,2 milhões de recebíveis associados ao seu franqueado master na Rússia, que administra todos os seus 188 restaurantes no país.
Os royalties do franqueado representaram menos de 1% da receita total da Papa Johns em 2021, disse a empresa.
A rede de pizzarias também anunciou a interrupção de todo suporte operacional, de marketing e de negócios com o mercado russo e afirmou que não está recebendo royalties de restaurantes no país. O franqueado do grupo na Rússia possui e opera sua própria cadeia de suprimentos.