A Nike teve resultado trimestral acima do esperado e disse que os problemas de produção dos últimos meses ficaram para trás, o que posiciona a empresa para aproveitar a crescente demanda por calçados e roupas esportivas.
O fechamento de fábricas no ano passado devido à pandemia no Vietnã, onde está a produção de cerca de metade dos calçados da Nike, e o lento retorno ao ritmo de fabricação normal no país levaram à escassez de produtos na maioria dos mercados.
Todas as fábricas da Nike no Vietnã já estão operacionais, com produção total de calçados e vestuário em linha com os volumes pré-fechamento, disse o diretor financeiro da empresa, Matthew Friend.
No entanto, os atrasos no envio dos produtos ainda são motivo de preocupação para a Nike, especialmente na América do Norte, onde os tempos de transporte pioraram, acrescentou Friend.
A receita da empresa na América do Norte aumentou 9% no terceiro trimestre fiscal (até o final de fevereiro), ajudada pela demanda sustentada por roupas esportivas, retorno dos esportes escolares e aumentos de preços.
“À medida que as pessoas voltaram a algum tipo de normalidade, isso envolveu muitas atividades ao ar livre, como corrida em trilha, golfe e tênis”, disse Jessica Ramirez, analista de varejo da Jane Hali & Associates.
A receita na região da Grande China caiu 8% no último trimestre fiscal, já que a Nike foi forçada a priorizar o envio de produtos para a América do Norte em detrimento do mercado chinês.
Não está claro qual será o impacto de um novo aumento nos casos de Covid-19 na China nos resultados do atual trimestre fiscal, segundo a empresa.
A receita total da Nike aumentou 5%, para R$ 50 bilhões no trimestre encerrado em 28 de fevereiro, enquanto analistas esperavam R$ 49 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
Em uma base ajustada, a empresa lucrou 0,87 dólar por ação, acima da estimativa de 0,71 dólar por ação.