Kyle Ash, de 25 anos, comprou 2 mil libras (R$ 12,2 mil) em ações do Twitter depois de subirem 27% com a notícia do investimento de Elon Musk na empresa.
Ash pagou, em média, US$ 49 (R$ 230) por ação, contra o preço-alvo de US$ 44 (R$ 206) dos analistas que cobrem o Twitter. Apostas que vão contra a sabedoria convencional de Wall Street têm sido uma marca registrada do frenesi de negociação de ações “meme“ que contaminou muitos investidores individuais nos últimos 15 meses.
VEJA TAMBÉM: É um tuíte ou uma criptomoeda? Está cada vez mais difícil saber
Milhões de investidores compraram ações do Twitter depois que Musk, que tem mais de 80 milhões de seguidores na rede social, divulgou uma participação de 9,2% na empresa, tornando-a a ação mais comprada nos Estados Unidos por investidores de varejo na segunda-feira (4), mostram dados da Vanda Research. A entrada de US$ 152 milhões (R$ 713 milhões) para as ações na segunda-feira foi a maior entre todas as ações e ETFs nas bolsas dos Estados Unidos para o dia.
A popularidade de Elon Musk com investidores de varejo foi uma das razões pelas quais o Twitter concordou esta semana em oferecer a ele um assento em seu conselho de administração, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
Musk e o Twitter não responderam a pedidos de comentários.
As ações do Twitter acumularam perdas durante o esforço da empresa para tornar sua publicidade mais lucrativa e gerar mais receita com produtos de assinatura. As ações caíram 38% nos 12 meses até 1º de abril, antes de Musk revelar sua participação na empresa, contra uma valorização de 13% no índice S&P 500.
Os investidores de varejo representam 9,9% da base de investidores do Twitter, segundo dados da Vanda Research. Embora seja maior do que a Tesla, onde os investidores de varejo respondem por 1,5%, é significativamente menor do que da AMC, a ação meme mais popular atualmente, onde os investidores de varejo representam 40,9% da base.
A contribuição de longo prazo de Musk para o Twitter dependerá do poder de ajudar a tornar a empresa mais lucrativa, escreveu o analista da CFRA Research, Angelo Zino, em nota nesta semana.
“O objetivo é monetizar melhor a plataforma, e achamos que Musk só pode ajudar, não prejudicar o processo, com suas recentes críticas à empresa como um sinal de renovação”, escreveu Zino.