O Brasil deverá colher um volume recorde de milho na temporada 2021/22, estimado hoje em 115,6 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que revisou para cima em mais de 3 milhões de toneladas o dado ante a projeção de março, com bom desenvolvimento das lavouras de segunda safra.
“As perspectivas de aumento da produtividade estão presentes na maioria dos estados. Somente Minas Gerais e Goiás geram alguma preocupação devido à redução das precipitações ocorridas após a primeira quinzena de março e ao plantio de uma pequena parte das áreas fora da janela ideal”, afirmou a Conab em relatório.
Segundo a estatal, “houve um aumento significativo da área semeada devido aos preços convidativos do mercado e à antecipação do plantio da soja, que permitiu uma janela mais ampla e favorável para a implantação da lavoura (de milho de inverno)”.
A área semeada na segunda safra deve alcançar cerca de 16 milhões de hectares, 7% superior à temporada anterior.
Dessa forma, a Conab reviu a projeção de safra total de milho, que até o mês passado era estimada em 112,3 milhões de toneladas. Agora a estimativa é de aumento anual de 32,7%.
A segunda safra, com plantio praticamente finalizado, está estimada em 88,5 milhões de toneladas, alta de 45,8% ante a temporada anterior, que foi afetada por seca e geadas.
Com maior oferta, a Conab elevou a previsão de exportação de milho do Brasil 2021/22 para 37 milhões de toneladas, 2 milhões acima do número de março e quase o dobro do visto na temporada anterior.
Além disso, elevou a previsão de consumo de milho no Brasil 2021/22 para recorde de 77,2 milhões de toneladas, ante 76,5 milhões na projeção anterior.