A Nasdaq superou as estimativas de Wall Street para o lucro do primeiro trimestre, segundo números divulgados hoje (20), à medida que a forte demanda por produtos relacionados a investimentos compensaram um período de calmaria para as IPOs (ofertas públicas iniciais de ações).
A operadora de uma das bolsas de valores de Nova York procurou diversificar cada vez mais as ofertas de produtos e reposicionar-se como uma empresa líder em tecnologia financeira com uma fatia crescente no setor de software, oferecendo serviços de análise, dados e nuvem.
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O mercado de IPOs dos Estados Unidos foi prejudicado no trimestre, já que preocupações com o conflito Ucrânia-Rússia, uma postura agressiva do Federal Reserve e a fraqueza nas ações de tecnologia consideradas de alto crescimento pesaram sob o humor dos investidores.
A Nasdaq sediou 70 IPOs no trimestre, incluindo a maior estreia no mercado este ano, da empresa de private equity TPG, em comparação com 275 um ano antes.
A empresa disse que retornou US$ 556 milhões aos acionistas no trimestre, incluindo US$ 467 milhões por meio de recompras de ações ordinárias.
A Nasdaq também busca aprovações regulatórias e de acionistas para um desdobramento de ações na relação 3 para 1, operação espera concluir no terceiro trimestre.
Assim como outras empresas financeiras que sentiram os efeitos das pressões inflacionárias, a Nasdaq reportou um aumento de 9% nas despesas operacionais ajustadas, refletindo custos atrelados a maiores remunerações e benefícios para os funcionários.
A receita no segmento de soluções, que também abriga a tecnologia contra crimes financeiros da companhia e produtos de consultoria ambiental, social e de governança, aumentou 15%, para US$ 576 milhões.
Excluindo itens extraordinários, a Nasdaq lucrou US$ 1,97 por ação, acima da estimativa média dos analistas de US$ 1,95 por ação, de acordo com dados do IBES, da Refinitiv.
A receita líquida no trimestre expandiu 5%, para US$ 892 milhões.