O dólar nos mercados globais não deve subir “muito mais” ante os patamares de agora, avaliaram analistas do banco UBS em relatório ontem (30), no qual também rebaixaram a classificação da moeda norte-americana de “preferida” para “neutra”.
“Embora o dólar tenha até recentemente provado seu valor como hedge na carteira, a narrativa de investimento do mercado de câmbio está mudando. O dólar se fortaleceu a um ponto em que vemos apenas ganhos incrementais e temporários à frente”, disseram os profissionais no documento.
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O UBS também desaconselhou posições compradas na moeda (ou seja, que ganham com a apreciação do dólar). E para posições pró-dólar já em aberto recomendou venda da divisa em momentos de alta para financiar estratégias que ganham com juros, particularmente via moedas ligadas a commodities, como a coroa norueguesa e os dólares australiano, neozelandês e canadense.
A moeda dos Estados Unidos apreciou recentemente ante o euro e o franco suíço, este considerado ativo seguro, em razão da incerteza decorrente da guerra na Ucrânia. O dólar sobe 5,9% no acumulado de 2022 frente a uma cesta de moedas fortes, mas essa alta já foi maior, uma vez que desde que bateu uma máxima em 20 anos, a 105,01, em 13 de maio, o índice do dólar acumula baixa de 3,5%.
De acordo com os analistas do UBS, o poder hegemônico dos EUA, a maior distância geográfica do conflito e laços comerciais mais fracos com o Leste Europeu do que a Europa Ocidental protegem a divisa norte-americana dos efeitos da guerra.
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