SÃO PAULO (Reuters) – O dólar rompeu nesta quinta-feira mais uma resistência técnica e operou acima de sua média móvel de 100 dias pela primeira vez desde janeiro, o que nos últimos episódios precedeu um rali da moeda norte-americana a novas máximas.
Na máxima intradiária, a cotação à vista registrou ganho de 1,27%, a 5,211 reais, maior valor desde 2 de março e bem acima da média móvel linear de 100 dias, de 5,1679 reais na venda, abaixo da qual a divisa vinha rodando desde janeiro.
As médias móveis são considerados níveis de atenção para o preço de um ativo e, a depender da direção do mercado, podem exercer papel de suporte ou resistência. O rompimento sustentado desses patamares pode acionar ordens automáticas (de venda ou compra), o que poderia retroalimentar o movimento em curso –no caso atual do dólar, de alta.
A taxa de câmbio já havia deixado para trás sua média móvel de 50 dias no fim de abril e agora está cada vez mais próxima da medida de 200 dias, a mais acompanhada das três e cujo teste pode indicar mudanças de tendências no médio e longo prazo.
A quinta-feira é de alta do dólar não apenas no Brasil. No exterior, a moeda renovou picos em duas décadas frente a uma cesta de divisas de países ricos, enquanto apreciava também contra a maioria de rivais de mercados emergentes.
Após as máximas do dia, a cotação aqui desacelerou os ganhos. Às 11:22 (de Brasília), o dólar à vista operava estável, a 5,1456 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,05%, a 5,1750 reais.
(Por José de Castro)