Por Eric M. Johnson e David Shepardson
SEATTLE/WASHINGTON (Reuters) – Reguladores de segurança aérea dos Estados Unidos disseram à Boeing que a documentação entregue para obter aprovação e retomar as entregas do 787 às companhias aéreas está incompleta, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.
A Administração Federal de Aviação (FAA) identificou uma série de omissões na documentação da Boeing apresentada em abril e enviou partes dela de volta à empresa, disse uma das fontes.
Uma segunda pessoa disse que ainda é cedo para dizer se as preocupações da FAA levariam a um novo atraso na retomada das entregas, suspensas no ano passado devido a falhas de produção.
O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, disse em abril que estava preparando os primeiros 787 para entrega, mas não previu uma data. Um porta-voz da Boeing disse que a empresa segue trabalhando em colaboração com a FAA nas etapas restantes.
Um porta-voz da FAA se recusou a dar detalhes, dizendo apenas: “A segurança dita o ritmo de nossas análises”.
As entregas do 787 foram interrompidas por um ano enquanto a Boeing trabalhava em inspeções e reparos em um caso que deve custar cerca de 5,5 bilhões de dólares. A Boeing tem mais de 100 jatos compostos avançados de corredor duplo estacionados em estoque, no valor de cerca de 12,5 bilhões de dólares.
A Reuters informou em abril que a Boeing avisou as maiores companhias aéreas e fornecedores de peças que as entregas seriam retomadas no segundo semestre deste ano, com uma fonte do setor dizendo que a retomada aconteceria em semanas.
O pacote de certificação da Boeing é um conjunto extenso de documentos e dados que mostram a conformidade do jato. O pacote estabelece inspeções e reparos que a Boeing realizará em dezenas de aviões paralisados por falhas de produção. A documentação é um passo crucial antes que a Boeing possa retomar as entregas.
(Reportagem de Eric M. Johnson e David Shepardson)