O Ibovespa opera em queda de 0,54% na abertura do pregão de hoje (4), a 105.956 pontos, às 10h10, horário de Brasília. A sessão é marcada pelas expectativas em torno das decisões sobre as taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil, que serão anunciadas a partir das 15h00 e das 18h30, respectivamente.
No Brasil, a expectativa do mercado é que o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncie um aumento de 1 ponto-percentual na Selic, elevando a taxa a 12,75% ao ano. Já nos Estados Unidos, as expectativas são de um aumento de 0,5 ponto percentual, com a nova taxa atingindo o intervalo de 0,75% a 1% ao ano.
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“E por que esse cenário de alta das taxas de juros exige força? Porque ele balança os mercados, principalmente na renda variável. Os juros mais altos aumentam o custo das empresas com dívidas e diminui o valor considerado justo para as ações”, comenta Antônio Sanches, analista de investimentos da Rico Investimentos.
No país norte-americano, o destaque também fica para o discurso de Jerome Powell, chair do Federal Reserve, após a reunião, que deverá conter pistas sobre qual será o ritmo da alta de juros americana daqui para frente e mostrar um tom mais duro de combate à inflação.
O dólar opera em alta de 0,49%, sendo negociado a R$ 4,9868 na venda, enquanto, nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York também registram avanço.
Na Ásia, o mercado acionário de Hong Kong fechou em queda, com todas as atenções voltadas para as definições dos juros nos Estados Unidos. Os investidores ainda evitaram grandes apostas antes da reabertura dos mercados da China, que ocorrerá amanhã (5), depois do feriado de Dia do Trabalho.
O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 1,10%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 2,29%. Já no Japão, o índice Nikkei cedeu 0,11%.
Na Europa, os principais índices operam em baixa. No cenário local, investidores repercutem a proposição da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de impor um embargo de petróleo faseado à Rússia e sanções ao principal banco do país.
A sexta rodada de sanções da União Europeia, se aprovada pelos Estados-membros, seria um divisor de águas para o maior bloco comercial do mundo, que depende do petróleo e do gás russos e deve encontrar suprimentos alternativos num momento em que os preços da energia estão subindo.
“Estamos endereçando nossa dependência do petróleo russo. E sejamos claros, não será fácil porque alguns Estados-membros são fortemente dependentes dele, mas simplesmente temos que fazer isso”, disse von der Leyen.
Por volta das 10h10, o Stoxx 600 recuava 0,55%; na Alemanha, o DAX caía 0,10%; na França, o CAC 40 operava em baixa de 0,69%; na Itália, o FTSE MIB perdia 0,61%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 cedia 0,52%. (Com Reuters)