SÃO PAULO (Reuters) – A rede de varejo Magazine Luiza teve prejuízo líquido ajustado de 99 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de um ano antes, em meio a uma fraca performance das lojas físicas do grupo.
A empresa apurou queda de vendas mesmas lojas no varejo físico de 2,8% no primeiro trimestre, enquanto as vendas do marketplace e de suas operações de comércio eletrônico tiveram alta de 16%.
O resultado veio depois que a rival Via, dona das Casas Bahia e Ponto, divulgou crescimento de vendas mesmas lojas de 0,3% para o primeiro trimestre.
Os varejistas de eletrodomésticos e móveis, foco da rede de lojas físicas do Magazine Luiza, têm sofrido com inflação e alta de juros, que reduzem a capacidade dos clientes em fazer compras mesmo parceladas. “Otimizamos as despesas variáveis e fizemos ajustes na operação para estarmos mais adaptados ao tamanho do mercado atual, que tem sofrido o impacto do cenário macroeconômico adverso”, afirmou a companhia.
O Magazine Luiza teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 434 milhões de reais no trimestre, alta de 1,7% sobre um ano antes. A margem encolheu de 5,2% para 5%.
“Em março, a margem Ebitda ajustada já alcançou 6,1%, reflexo dos ajustes realizados com o objetivo de equilibrar vendas e rentabilidade”, afirmou o Magazine Luiza, acrescentando que o prejuízo deveu-se a “principalmente pelo aumento das despesas financeiras no período”.
A companhia apurou vendas totais de 14,12 bilhões de reais de janeiro ao março, 13,2% acima do registrado no primeiro trimestre de 2021. No período, a empresa elevou seu parque de lojas físicas, em parte também usadas como centrais de distribuição para as operações de varejo online, em 167 unidades, para 1.477 pontos.
A empresa afirmou que implementou no trimestre medidas para melhora de rentabilidade e que conseguiu reduzir o saldo de estoques em “em mais de 1 bilhão de reais comparado ao fechamento de 2021”.