O grupo de hospitais Rede D’Or (RDOR3) está engajado em negociações para aquisições de mais ativos, após ter acumulado compras de fatias em 17 centros médicos do país desde o fim de 2020 que adicionaram cerca de 2.200 leitos à sua base.
A companhia divulgou na noite da véspera queda de 44% no lucro líquido do primeiro trimestre, afetada entre outros motivos pela onda da variante Ômicron da Covid-19.
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As ações da empresa chegaram a recuar mais cedo, mas às 15h35 (horário de Brasília) mostravam alta de 0,34%, enquanto o índice tinha avanço de 1,33%.
“Com o mercado negociando a múltiplos menores, vamos continuar olhando os ativos sob uma ótica de retorno, de acesso a mercados que nos interessam”, disse o presidente-executivo da Rede D’Or, Paulo Junqueira Moll, em conferência com analistas.
“Temos uma série de conversas em curso e é difícil falar em orçamento para isso…Continuamos bastante otimistas de que conseguiremos entregar a expectativa de 5 mil leitos em cinco anos”, acrescentou.
A Rede D’Or encerrou o primeiro trimestre com alavancagem medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda de 2,9 vezes, acima do nível de 2,5 vezes de um ano antes e perto do nível de até três vezes que o diretor financeiro, Otávio Lazcano, afirmou que a companhia considera como adequado.
“Uma vez concluída a incorporação da SulAmérica, a empresa expandida se beneficiará da posição líquida de caixa da SulAmérica e existem outras oportunidades de otimizaçào de estrutura de capital que serão exploradas”, disse Lazcano.
Segundo ele, o planejamento financeiro da Rede D’Or, que inclui recursos do IPO do final de 2020, follow on e do próprio caixa da empresa, prevê que a alavancagem deve cair para “algo próximo de 1,5 vez no final de 2025”.
Moll afirmou que a maior oportunidade da Rede D’Or para ganho de margem nos próximos trimestres, apesar da alta da inflação, é em materiais e medicamentos. Segundo ele, a empresa vai conseguir voltar ainda em 2022 para o patamar de custos de 2019 “ou menor” que isso em relação à receita.