O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 38,876 bilhões em abril, informou o Banco Central hoje (31), no melhor resultado para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central em 2002.
Com o saldo positivo, o resultado acumulado em 12 meses alcançou um superávit de R$ 137,379 bilhões, o que corresponde a 1,52% do PIB (Produto Interno Bruto). No mês anterior, o saldo acumulado estava no azul em 1,37% do PIB.
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O dado engloba as contas de governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.
O número de abril foi impulsionado pelos resultados positivos dos governos federal e regionais, que vêm registrando ganhos de arrecadação com a retomada da atividade e o salto nos preços de combustíveis.
O governo central apresentou um saldo positivo de R$ 29,638 bilhões no mês passado.
Os entes foram superavitários em R$ 10,278 bilhões. Desse montante, o saldo dos Estados ficou positivo em R$ 9,390 bilhões, enquanto os municípios ficaram no azul em R$ 889 milhões.
As empresas estatais tiveram déficit de R$ 1,040 bilhão no período.
A dívida bruta do país ficou em 78,3% do PIB em abril, contra 78,5% no mês anterior. A dívida líquida foi a 57,9%, ante 58,2% em março.
Em relação ao gasto com juros nominais, o total do mês ficou em R$ 79,900 bilhões. No ano, o dado atingiu R$ 489,421 bilhões, equivalente a 5,42% do PIB, com o déficit nominal do setor público somando 3,90% do PIB.
Os dados foram divulgados mesmo diante da continuidade da greve de servidores do BC, movimento que tem atrasado a publicação de indicadores. O BC informou que divulgaria os números em respeito a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.