A operadora de telecomunicações TIM registrou lucro líquido de R$ 405 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 46,4% em comparação anual, uma vez que o avanço no faturamento da operação de telefonia móvel mais do que compensou aumento de custos e certa estabilidade na base de clientes.
A companhia divulgou um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,103 bilhões, avanço de 4,1% contra um ano antes.
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Analistas, em média, esperavam lucro de R$ 326,9 milhões no período e Ebitda de R$ 2,1 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A margem Ebitda ficou em 44,5% no período, ante 46,6% na comparação anual.
A TIM viu sua base de clientes crescer 0,5% frente ao quarto trimestre de 2021 – e 1,1% ano a ano -, com perda marginal no segmento pré-pago, mas ganhos em pós-pago e 4G e continuação da expansão no 5G.
Mesmo assim, a receita de serviços subiu 8,4% de janeiro a março frente a igual etapa de 2021, diante de maiores ganhos por usuário na operação móvel, e a receita líquida total, que inclui faturamento com venda de produtos, como celulares, foi a R$ 4,7 bilhões, aumento de 8,9% na base anual.
A TIM espera crescimento de dois dígitos na receita de serviços em 2022, segundo projeções divulgadas em fevereiro e que já incluíam a compra de ativos da Oi e o início de oferta de serviços 5G. A empresa também projeta alta de dois dígitos no Ebitda.
Em fato relevante divulgado paralelamente nesta manhã, a TIM estima que a remuneração aos seus acionistas deve alcançar cerca de R$ 2 bilhões em 2022, contra nível de R$ 1 bilhão a R$ 1,1 bilhão em cada um dos últimos quatro anos.
Os custos no primeiro trimestre cresceram 13,1%, para R$ 2,6 bilhões, em comparação anual, com impacto da inflação e das tarifas de energia, assim como de gastos com pessoal relacionados à aquisição de parte dos ativos móveis da Oi.