SÃO PAULO (Reuters) – O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse nesta terça-feria que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Petrobras teria foco mais político do que técnico, mas afirmou que apoiará eventual decisão do Congresso de instaurá-la.
“Como ministro, defendo marcos legais, segurança jurídica, mais previsibilidade… O que posso garantir é que o ministério vai apoiar a decisão do Congresso”, disse, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Uma CPI, que geralmente é um instrumento da oposição, foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, em sua disputa com o comando da estatal devido ao preço dos combustíveis.
Sachsida avaliou também que a criação de uma conta de estabilização de preços de combustíveis alimentada por dividendos da Petrobras é uma “ideia tecnicamente interessante”, mas que poderia gerar uma “bola de neve” ao criar instabilidade nos mercados.
O ministro reiterou ainda ser favorável à privatização da Petrobras, que, em sua leitura, geraria mais competição no mercado, a exemplo do que ocorreu com a Telebras.
No entanto, ele ponderou que a decisão sobre a desestatização cabe ao presidente da República e ao Congresso, repetindo posicionamento que já havia externado em audiência na Câmara na semana passada.
(Por Letícia Fucuchima)