SÃO PAULO (Reuters) – O mercado de câmbio começou a semana sob forte estresse, com o dólar à vista fechando na maior alta percentual diária desde o começo de maio e no maior patamar em um mês, acima de 5,11 reais, catapultado por uma onda global de aversão a risco devido a receios sobre inflação, recessão e alta agressiva dos juros mundo afora.
O dólar negociado no mercado interbancário subiu 2,46% nesta segunda-feira, a 5,112 reais na venda. É o valor mais elevado desde 12 de maio (5,1424 reais) e a alta percentual mais forte desde 2 de maio (2,58%).
Na máxima do dia, a cotação saltou 3,00%, a 5,1388 reais. O real teve um dos piores desempenhos globais na sessão.
Com o forte ganho desta segunda, o dólar à vista encerrou acima de sua média móvel linear de 100 dias pela primeira vez desde janeiro –evento tido como prenúncio de mais altas para a moeda.
O dólar engatou ainda o sexto pregão consecutivo de aumento, período em que acumulou apreciação de 7,00%. É a mais longa série de altas diárias desde 30 de setembro de 2021, quando a divisa contabilizou a última de uma sequência de sete valorizações.
(Por José de Castro)