Apesar da escalada da inflação e dos juros atingindo altas, o setor de franquias mantém seu ritmo de recuperação. Segundo pesquisa da ABF (Associação Brasileira de Franchising), as redes cresceram 8,8% em faturamento no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado.
Com isso, a receita passou de R$ 39,8 bilhões para R$ 43,3 bilhões. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando houve um faturamento de R$ 41,5 bilhões, o avanço foi de 4,4%.
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“A gradual retomada das atividades presenciais tem refletido de forma positiva, mas as vendas digitais também tiveram bom desempenho. Estamos caminhando para um ambiente de negócios cada vez mais híbrido”, analisa André Friedheim, presidente da ABF.
Setores em alta
Os dados mostram que esse é o quarto trimestre consecutivo de crescimento, o que consolida uma curva de recuperação para o setor. Entre os mercados que registraram melhor desempenho de faturamento no período estão:
- moda (+13,5%);
- saúde, beleza e bem-estar (+13,4%);
- casa e construção (+9,3%);
- alimentação / foodservice (+9,1%);
- alimentação /comércio e distribuição (+7%).
Já no desempenho dos setores no período acumulado de 12 meses, destacam-se:
- hotelaria e turismo (+51,5%);
- entretenimento e lazer (+31%);
- moda (+21%);
- alimentação / comércio e distribuição (+14,5%);
- casa e construção (+13,9%);
- alimentação / foodservice (+12,8%).
Segundo o levantamento, a variação no primeiro trimestre de 2022 representou um acréscimo de 2.771 em operações, totalizando 173.770 unidades. Entre janeiro e março deste ano, foram inauguradas 4% de operações, frente a 3,3% no mesmo período do ano passado.
Inflação e juros altos preocupam
A inflação e o aumento da taxa de juros continuam no radar das dos franqueados e franqueadores. No ano passado (2021), o balanço já apontava que 67% das marcas afirmaram ter repassado o impacto da inflação através do ajuste de preços, mas na média de apenas 30% do impacto total recebido.
De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Franchising, a readequação das operações e a troca de fornecedores foram outras medidas tomadas para administrar os reflexos da inflação.
“Neste sentido, as redes continuam a buscar formas de mitigar esses impactos, principalmente com a revisão e digitalização de processos, substituição e renegociação com fornecedores e ganhos de eficiência”, diz Friedheim.
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