A American Airlines divulgou hoje (21) seu primeiro lucro trimestral sem ajuda do governo norte-americano desde o início da pandemia de Covid-19, com a forte demanda por viagens gerando a maior receita trimestral de sua história.
A companhia, no entanto, alertou para uma escalada nos custos não ligados ao combustível no trimestre até setembro, pois espera operar menos voos do que o planejado antes.
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A empresa espera que os custos não ligados a combustíveis subam até 14% no trimestre atual ante mesmo período de 2019, em comparação com a alta de 12% no trimestre até junho.
A capacidade no trimestre atual é estimada em 8% a 10% abaixo do nível pré-pandemia. A previsão anterior era de capacidade de 6% a 8% menor.
As companhias aéreas estão usando 2019, antes da pandemia, como referência para seu desempenho.
“À medida que olhamos para o resto do ano, tomamos medidas proativas para construir uma folga adicional em nosso cronograma e continuaremos a limitar a capacidade aos recursos que temos e às condições operacionais que enfrentamos”, disse o presidente-executivo da American, Robert Isom, em comunicado.
A Delta Air Lines e a United Airlines também planejam manter capacidade abaixo do nível de 2019 para evitar o esgotamento de recursos e maximizar lucro.
A falta de pessoal e a escassez de aeronaves dificultam elevar a capacidade e aproveitar toda a demanda. As aéreas foram forçadas a cortar voos e fazer ajustes na equipe para evitar cancelamentos e atrasos, elevando os custos operacionais.
As companhias também estão enfrentando custos mais altos de combustível, mas espera-se que um declínio nos preços globais ofereça algum alívio. A American espera que seu custo de combustível no trimestre atual caia 7% na base sequencial.
A empresa previu ser lucrativa no terceiro trimestre com um aumento de 10% a 12% na receita ante mesmo período de 2019.
A companhia divulgou lucro ajustado de US$ 0,76 por ação para o segundo trimestre, em linha com as expectativas do mercado, e US$ 13,42 bilhões em receita, acima das estimativas.