A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo no âmbito do pedido da associação de investidores Abradin por uma oferta pública de aquisição de ações da Gol devido ao negócio envolvendo a companhia e o grupo colombiano Avianca.
A Gol anunciou em maio que o MOBI FIA, veículo da família Constantino que controla a companhia aérea, assinou acordo para criação da holding Grupo Abra em conjunto com os principais acionistas da Avianca Holding. A Abra, que tem sede no País de Gales, controlaria ambos os grupos de aviação.
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Procurada, a Gol reiterou o conteúdo do anúncio do acordo, dizendo que o MOBI “não alienará qualquer” ação da companhia aérea e os “atuais acionistas controladores da Gol permanecerão integrando o controle da Gol, por meio do acordo de acionistas a ser firmado”.
A empresa ainda reiterou que não é parte do acordo e que, “segundo informado pelos assessores legais do MOBI, nos termos da legislação em vigor no Brasil, não há obrigação de se realizar uma oferta pública de ações para aquisição de ações da Gol”.
Na reclamação enviada em meados de julho, a Abradin pediu que a CVM não autorize a “transferência de ações do controlador da Gol, MOBI FIA, para a nova holding sem que seja estabelecida uma OPA a ser feita pelo novo controlador por justo valor econômico a ser calculado”.
A entidade ainda pediu que seja assegurado o alcance da oferta a todos os acionistas.
Hoje as ações da companhia aérea recuavam 2,45%. A rival Azul tinha recuo de 0,8%.
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