O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,6% em junho sobre junho, a R$ 4,9 trilhões, correspondente a 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central hoje (29).
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 3,6%, mesmo patamar de maio. O spread bancário no mesmo segmento subiu a 26,5 pontos percentuais, sobre 25,9 pontos no mês anterior.
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A apresentação dos dados de junho originalmente ocorreria no fim de julho, mas as divulgações pelo BC seguem atrasadas mesmo após quase dois meses do fim da greve de servidores do órgão.
No mês, houve crescimento de 4,9% nas concessões médias, a R$ 24 bilhões, acumulando uma alta de 24,3% em 12 meses.
No recorte por tipo de tomador dos empréstimos, o saldo de crédito a pessoas físicas subiu 1,3% no mês e 21,5% em 12 meses. Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi de 2,1% em junho e 12,8% em 12 meses.
De acordo com os dados da autarquia, a taxa média de juros cobrada pelos bancos manteve o ritmo de alta, acompanhando as elevações da Selic pelo BC, e subiu 0,5 ponto percentual em junho sobre o mês anterior, a 28,1% ao ano –em junho de 2021, estava em 20,0%.
Quando considerado apenas o crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, os juros subiram 1,0 ponto no mês, para 39,0%. Nos recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 0,1 ponto, a 10,7%.
Também com atraso, o BC apresentou nesta segunda-feira os dados relativos a maio. No mês, o estoque total de crédito cresceu 1,1% em relação a abril, em patamar equivalente a 53,7% do PIB.