Analistas voltaram a reduzir as projeções para a inflação neste ano e no próximo e a elevar as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto, mostrou pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje (12).
A mediana das estimativas para o IPCA de 2022 das cerca de 100 instituições consultadas na sondagem caiu pela 11ª semana consecutiva, para 6,40%, de 6,61% na pesquisa anterior. Para o ano que vem, a projeção caiu pela quarta semana seguida, a 5,17%, de 5,27% antes.
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Os novos números, que seguem acima do teto das metas para os dois períodos (5% e 4,75%), vêm após o IBGE ter reportado na semana passada que o IPCA teve o segundo mês seguido de deflação em agosto, levando o índice acumulado em 12 meses a 8,73%.
As projeções para a taxa básica de juros não sofreram ajuste nesta semana, e seguem em 13,75% (nível atual) para o fim deste ano e em 11,25% para 2023, mesmo após autoridades do Banco Central terem feito colocações na semana passada consideradas duras com a inflação, com o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, ressaltando que a autarquia discutirá um ajuste residual nos juros.
Para o PIB, a projeção de crescimento deste ano subiu ligeiramente –para 2,39%, de 2,26%–, também no 11º ajuste para cima consecutivo. Em 2023, analistas agora veem alta de 0,50%, ante 0,47% na semana passada.
As instituições participantes do Focus também reduziram o prognóstico para o superávit comercial este ano, elevando em quase US$ 6 bilhões a estimativa para o déficit em transações correntes –para US$ 25 bilhões, de US$ 19,10 bilhões.