A multinacional WEG (WEGE3) é de longe a empresa brasileira que mais gerou bilionários no país. Ao todo, a companhia tem 29 acionistas na lista da Forbes, que, juntos, somam R$ 60 bilhões em fortuna.
A segunda companhia que mais contribuiu para o clube dos dez dígitos brasileiro tem menos da metade de acionistas bilionários da primeira colocada: a Itaúsa (ITSA4), com 11 sócios majoritários. Juntos, eles são donos de um patrimônio de R$ 33 bilhões.
Grande parte das empresas com um grande número de bilionários entre seus acionistas tem suas ações repartidas entre mais de uma geração dos fundadores. É o caso de WEG, Itaúsa e de outras companhias bem colocadas no ranking, como a Magazine Luiza (MGLU3).
A lista da Forbes de bilionários brasileiros calcula a fortuna dos super ricos com base em suas participações acionárias em empresas listadas em bolsas de valores. A data de corte da apuração de 2022 considerou o patrimônio de 31 de maio deste ano.
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A edição 100 da Forbes Brasil, com a lista completa, já está disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store.
Confira as 10 empresas que mais geraram bilionários:
1. WEG: 29
2. Itaúsa: 11
3. Magazine Luiza: 7
3. Rede D’or: 7
4. BTG Pactual: 6
4. CCR: 6
4. M. Dias Branco: 6
4. Suzano: 6
4. Votorantim: 6
5. Amaggi: 5
WEG
Fundada em 1961 pelos empresários Eggon João da Silva, Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Hoje, a fatia dos fundadores está na mão de seus netos. Ao todo, a fortuna gerada pela WEG soma R$ 60,42 bilhões – um valor que recuou 25% em relação a 2021 devido à queda das ações da empresa na Bolsa de Valores.
Cada um dos 29 acionistas bilionários membros da família fundadora recebeu uma parcela diferente de participação na empresa de acordo com as ramificações familiares até os fundadores originais. Os valores das fortunas dos herdeiros vão de R$ 1,2 bilhão a R$ 4 bilhões.
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Atualmente, quem detém a maior fatia é Anne Werninghaus, filha primogênita do empresário Diether Werninghaus e neta de Geraldo Werninghaus. Depois de receber grande parte das ações detidas pelo pai, ela se tornou a maior acionista individual dentre os familiares. Sua fortuna é estimada em R$ 4,40 bilhões e lhe garante a 83ª posição na lista da Forbes.
Itaúsa
Holding controladora do maior banco privado da América Latina, o Itaú Unibanco (ITUB4), a Itaúsa foi fundada como banco de investimentos em 1966 por Egydio de Souza Aranha. Hoje, a empresa tem como principais acionistas bilionários os herdeiros das famílias Setúbal e Villela.
Alfredo e Ana Lúcia Villela são bisnetos de Egydio de Souza Aranha e os maiores acionistas individuais da holding, com fortunas estimadas em R$ 8,90 bilhões e R$ 8,15 bilhões, respectivamente. Juntos, eles somam 23% de participação nas ações com direito a voto da companhia. Outros dois membros da família Villela também possuem fatias na empresa.
Já os herdeiros da família Setúbal somam sete nomes e, junto com os Villela, controlam o grupo Itaúsa. Ao todo, a fortuna proporcionada pela empresa soma R$ 33,64 bilhões.
Magazine Luiza
Luiza Trajano Donato e seu esposo Pelegrino José Donato fundaram o Magazine Luiza em 1957 na cidade de Franca. Durante muitos anos a empresa varejista ficou na mão de sua sobrinha Luiza Helena Trajano – maior acionista individual da companhia, com cerca de 17% das ações e uma fortuna estimada em R$ 4,30 bilhões.
Hoje, Frederico Trajano, filho de Luiza Helena, é o CEO da companhia, mas sua participação acionária não é tão alta a ponto de lhe conceder uma posição na lista de bilionários da Forbes. Porém, outros seis membros familiares acumulam patrimônio superior a R$ 1 bilhão.
Ao todo, os acionistas da varejista somam R$ 14,54 bilhões de fortuna e se dividem entre membros da família Trajano e da família Bittar Garcia. Os membros da família Trajano descendem de Onofre de Paula Trajano, um dos sócios da Magazine Luiza e irmão da Luiza Trajano, fundadora.
Já os Bittar Garcia são herdeiros das ações do casal Wagner e Maria Garcia, participantes da fundação do Magazine Luiza por meio da holding Walter Garcia Participações.
Rede D’or
O cardiologista Jorge Neval Moll Filho, de 77 anos, fundou em 1977 o maior grupo hospitalar do Brasil: a Rede D’Or, que hoje tem mais de 50 hospitais, incluindo os da grife São Luiz. A empresa fez sua abertura de capital na bolsa de valores em 2020, movimentando então R$ 11,3 bilhões – foi o terceiro maior IPO da história da Bolsa brasileira.
Depois da abertura de capital, o médico se manteve como o principal acionista da companhia. Na lista de bilionários da Forbes deste ano ele aparece na 22ª posição, com uma fortuna avaliada em R$ 13,60 bilhões.
Sua esposa, Alice Junqueira Moll, e seus cinco filhos também estão listados entre os acionistas da empresa, detendo participações bilionárias que lhes renderam a posição 153ª no ranking da Forbes. Cada um com R$ 2,28 bilhões de fortuna estimada. Ao todo, a Rede D’or proporciona R$ 27,28 bilhões à família Moll.
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