A ação da Tesla caía nesta quinta-feira (20), com analistas de Wall Street temendo que a montadora de veículos elétricos seja atingida pela inflação e por desafios logísticos.
Pelo menos cinco corretoras reduziram suas meta de preço das ações, citando uma entrega mais suave em 2022.
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“A narrativa otimista está claramente passando por uma fase difícil, já que a Tesla deve agora provar novamente para Wall Street que a história do crescimento robusto está enfrentando uma infinidade de problemas de logística e abrandamento da demanda”, escreveu o analista da Wedbush, Daniel Ives.
As ações da Tesla caíram 37% até agora este ano, para a mínima de 16 meses de US$ 202,15 no início do pregão e devem ter seu pior dia desde junho.
Em seu relatório trimestral, a empresa apontou os desafios que enfrenta área logística por uma possível falha em atingir a meta de crescimento de entrega de 50% este ano.
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, disse em teleconferência pós-resultados que “a demanda é um pouco mais difícil”, mas reiterou que a empresa está bastante confiante em um quarto trimestre recorde.
A Tesla ficou abaixo das expectativas de margem bruta automotiva, apesar do preço de venda mais alto, com maiores custos para elevar a produção nas fábricas em Berlim e Austin.
Preços mais altos, taxas de juros e sentimento do consumidor podem colocar em risco a meta de crescimento de entrega da Tesla de mais de 50%, disse o JPMorgan.
Ainda assim, com a mudança para veículos elétricos ganhando força globalmente, alguns analistas esperam que a Tesla seja uma grande beneficiária.
“Não questiono a demanda, pois os elétricos são inevitáveis. (A Tesla) fez um ótimo trabalho, haverá uma mudança para os elétricos”, disse Craig Irwin, analista da Roth Capital.